CULTURA
Selma Sanches expõe seu trabalho no Sesc centro
"As máscaras e sua subjetividade" - trabalho da artista plástica Selma Sanches em exposição até dia 30 no Sesc centro.
Publicado em 08/11/2011 às 6:30
Uma perda e uma história. “Um dia uma menina chegou na minha oficina, eu estava dando aula e ela parecia muito triste. Ofereci ajuda, mostrei a argila e disse para que ela fizesse uma máscara. Depois descobri que a irmã dela havia morrido num tsunami”, contou a artista plástica Selma Sanches. O resultado da interação foi um trabalho emocionante, cheio de expressividade na qual Selma também coloca o seu sentimento de incapacidade por não poder ajudar a desconhecida visitante.
Transformou-se na máscara ‘engrenagem do mundo’, a peça pela qual ela tem mais sentimento.
Outras 25 histórias serão contadas a partir de hoje na exposição As máscaras e sua subjetividade, de Selma Sanches. As peças ficam à disposição do público até o dia 30 de novembro, de segunda a sexta, na área de lazer do Sesc Centro, em João Pessoa, das 8h às 18h.
A criação dos trabalhos teve início com uma constatação prática: “meus clientes me visitavam, pediam e perguntavam sobre máscaras, porque eu não fazia, onde estavam”, explicou Selma.
As indagações estimularam a curiosidade. Antes de produzir ela investigou.
A descoberta não foi muito diferente do usual: todos os dias usamos máscaras em diferentes situações, seja para disfarçar uma ansiedade ou mesmo para não entregar os sentimentos durante uma negociação importante. A diferença está na forma de encarar esse comportamento, para Selma a conclusão foi de que “as pessoas educadas usam máscaras e eu acho que tem que ser assim mesmo”.
A exposição trabalha essas subjetividades, as 26 máscaras tem histórias a serem contadas. Em outra, ‘Choro contido’, a artista reflete sobre esse universo para o qual ela acredita que somos educados e condenados desde a infância. Com a exposição, Selma pretende estimular às pessoas a compreenderem melhor as relações que estabelecem entre si, partindo da ideia de que o homem faz escolhas baseado também nas impressões que vai causar na sociedade.
Durante a abertura na noite de hoje, os participantes assistirão, também, apresentações musicais da violinista Isabelle Soares e do grupo de choro EmCanto e Choro. As atrações vão executar ritmos variados, além de fazer a releituras de clássicos da cultura paraibana e nacional. As exibições compõem o projeto Glória Vasconcelos, que leva à comunidade diferentes gêneros artísticos do cenário musical do Estado
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