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CULTURA

Sem palavras para o Oscar

A cerimônia deste domingo (26) premiou a produção franco-belga 'O Artista' com cinco estatuetas, entre elas, a de melhor filme.

Publicado em 28/02/2012 às 6:30


Primeiro franco-belga e a primeira produção não anglo-americana a ganhar o Oscar principal. Desde Asas (1927), vencedor da 1ª edição da premiação, é a primeira película 'muda' a receber a estatueta de Melhor Filme.

A proeza veio do longa-metragem O Artista, que mimetiza o cinema do final dos anos 1920, sem som, com cartelas de fala, música conduzindo a dramaticidade e fotografado em preto e branco. E vai além: o enredo que lembra o clássico Cantando na Chuva (1952), musical estrelado por Gene Kelly (1912-1996) sobre os bastidores da passagem do cinema mudo para o falado.

O Artista foi o grande vencedor da 84ª edição do Oscar, ocorrida em Los Angeles no último domingo, levando metade das suas dez indicações. Além de Melhor Filme, a produção garantiu a estatueta de Melhor Diretor ao parisiense Michel Hazanavicius (vencendo Scorsese e sua A Invenção de Hugo Cabret), a de Melhor Ator para o também francês Jean Dujardin (derrotando George Clooney pela sua atuação em Os Descendentes), assim como o Melhor Figurino e a Melhor Trilha Sonora Original.

Ao contrário de seu 'rival' Hugo Cabret, que é um filme norte-americano passado na França dos anos 1930, O Artista é uma produção franco-belga passada nos tempos áureos de Hollywood. Apesar da adaptação de Martin Scorsese ganhar também cinco (de suas 11 indicações), o que prevaleceu foi seu caráter técnico, arrebatando as estatuetas de Fotografia, Mixagem e Edição de Som, Direção de Arte e Efeitos Visuais.

Este último bem apropositado, já que o filme presta homenagem ao 'pai dos efeitos especiais', o francês George Meliès.

Não é à toa que o filme é uma janela para quando Hollywood dava seus primeiros passos através do aprimoramento narrativo e tecnológico que vemos hoje. Em seu discurso, Hazanavicius fez questão de agradecer três vezes à sua inspiração Billy Wilder (1906-2002), um dos grandes nomes da Sétima Arte, diretor e roteirista de obras-primas como Crepúsculo dos Deuses (1950) e Quanto Mais Quente Melhor (1959).

Um dos marcos da história da premiação desta noite foi o fato do conservadorismo quase ufanista dos membros da Academia ser 'quebrado' por um filme que resgata as reminiscências que começou pelas mãos dos irmãos (franceses, diga-se de passagem) Lumière, criação contestada pelos próprios norte-americanos.

Em tempos de óculos 3D e produções milionárias que passam facilmente dos doze dígitos, O Artista – que ainda não estreou nas salas paraibanas – mostra a força da arte vinda de suas raízes: o cinema sem palavras, mas feito como uma linguagem universal.

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Jornal da Paraíba

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