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CULTURA

Seqüestro de ônibus é revivido no filme "Última Parada 174"

Estréia em duas salas de cinema de João Pessoa o mais novo filme de Bruno Barreto, "Última Parada 174", que fala sobre drama de Sandro Nascimento, que seqüestrou ônibus no Rio de Janeiro.

Publicado em 21/11/2008 às 12:22

Renato Félix, do Jornal da Paraíba

Na tarde do dia 12 de junho de 2000, o Brasil parou diante da TV: os passageiros de um ônibus estavam sendo mantidos como reféns por um assaltante dentro do coletivo naquele momento, no Rio de Janeiro, e as emissoras transmitiam tudo ao vivo. Seguiram-se horas de negociação e, já à noite, tudo terminou - não sem tragédia. O seqüestrador do ônibus tinha um nome, Sandro do Nascimento, e uma história, contada agora no filme ‘Última Parada 174’ (Brasil, 2008, estréia nesta sexta em JP), de Bruno Barreto, escolhido para concorrer pelo Brasil a uma das cinco indicações ao Oscar de filme de língua não inglesa.

A história já havia rendido um filme, o espetacular documentário ‘Ônibus 174’ (2002), que destrinchou a história de Sandro, mostrando como, ainda criança, assistiu o brutal assassinato da própria mãe, escapou por um triz da chacina da Candelária, em 1993, e uma vida em meio à violência e às drogas foi desembocar na tragédia do 174.

Bruno Barreto, diretor do ainda maior sucesso de público registrado do cinema nacional (‘Dona Flor e Seus Dois Maridos’, 1976, com mais 12 milhões de espectadores), reconta a história com atores. No papel principal, o quase-iniciante Michel de Souza, que foi o Bené enquanto criança em ‘Cidade de Deus’ (2002). André Ramiro interpreta o negociador, já no final do filme, e aí há uma coincidência curiosa: Ramiro interpretou um dos principais personagens de ‘Tropa de Elite’ (2007), inspirado justamente no policial que comandaria a negociação do seqüestro do ônibus 174, anos depois da época em que a trama de Tropa se passa.

Assim como em ‘Cidade de Deus’ e ‘Tropa de Elite’, o roteirista de ‘Última Parada 174’ é Braulio Mantovani. O filme deixa a situação do seqüestro para o final e prefere mostrar os passos de Sandro até lá e como ele se envolve com Alê Monstro (Marcelo Mello Jr.), outro garoto de rua. Alê cresce tornando-se violento e Sandro não.

Também foca na mãe adotiva de Sandro, viciada em drogas que depois entra para uma igreja evangélica e tenta reencontrar o filho - agora nas ruas, depois de fugir da casa de uma tia que o criava. ‘Última Parada 174’ foi orçado em R$ 8 milhões e, em setembro, foi definido por uma comissão do Ministério da Cultura como o filme brasileiro que tentará a indicação ao Oscar. Barreto conseguiu chegar aos cinco finalistas uma vez, como ‘O que É Isso, Companheiro?’ (1997).

O sucesso de ‘Dona Flor’, lá atrás, o incentivou a tentar uma carreira em Hollywood que nunca vingou plenamente - o último filme dele por lá foi ‘Voando Alto’ (2003), com Gwyneth Paltrow, no qual sofreu interferência dos estúdios e que não foi bem nas bilheterias. ‘Gabriela’ (1983) e ‘Bossa Nova’ (2000) foram tentativas de realizar sucessos internacionais por aqui mesmo, mas sem muito sucesso também.

Agora, Barreto vai tentar mais uma vez a repercussão internacional a partir de um anti-Bossa Nova (que se apoiava na música e belezas do Rio). Seu novo filme é duro e dramático.

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Jornal da Paraíba

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