icon search
icon search
home icon Home > cultura > silvio osias
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SILVIO OSIAS

ABBEY ROAD FAZ 50 ANOS

Publicado em 26/09/2019 às 9:31 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:39


				
					ABBEY ROAD FAZ 50 ANOS

Nesta quinta-feira (26), faz 50 anos que o Abbey Road, último disco gravado pelos Beatles, foi lançado no Reino Unido.

Eu tinha 10 anos e lembro quando o disco chegou às lojas de João Pessoa.

A capa tão simples que se tornaria tão icônica.

A edição brasileira seguia o padrão da Odeon, que distribuía entre nós os discos dos Beatles: capa sandwich, plastificada por dentro e por fora, com uma "costura" na parte superior e no dorso.

O selo dourado lá em cima avisava se o exemplar era stereo. Estereofônico - estava grafado assim.

Vi pela primeira vez na Discolândia, uma loja dos irmãos Lucena que ficava no térreo do Paraíba Palace Hotel.

Mas, antes, ouvi Here Comes the Sun no rádio. Foi meu primeiro contato com o Abbey Road.

Naquele tempo, você ligava o rádio e ouvia Hey Jude, Ob-la-di Ob-la-da, Get Back, The Ballad of John and Yoko.

Ouvia Gil cantando Aquele Abraço. Caetano, Irene. Os Mutantes, Ando Meio Desligado. Gal, Não Identificado. Roberto Carlos, As Curvas da Estrada de Santos.

Comecei com Here Comes the Sun. George Harrison. Depois, Something. Outra vez, George. Clássicos instantâneos. Something, uma das mais belas canções dos Beatles. Foi escrita sob a inspiração de Ray Charles.

Come Together trazia o rocker visceral que havia em John Lennon. O mesmo John que, na outra ponta, e com a ajuda de Yoko, nos presenteava com a imensa beleza de Because.

"Parece música clássica" - falei para a minha mãe, guiado pelos meus ouvidos ainda infantis, subindo a Diogo Velho a caminho de casa, com o disco na mão.

Parecia mesmo. Havia acordes invertidos da Sonata ao Luar, de Beethoven.

Oh! Darling era um legítimo Paul McCartney, grande baladeiro, numa performance vocal sem igual.

O lado A tinha faixas soltas. Seis. Duas de Lennon. Duas de McCartney. Uma de Harrison. Uma de Ringo. Dizem que foi concebido por John.

O lado B tinha um monte de faixas. Algumas bem curtas. Um medley interminável. Ou - se quisermos - mais de um. Foi ideia de Paul.

McCartney, o melhor melodista do grupo, estava completo em You Never Give Me Your Money.

Mais ainda: em Golden Slumbers, uma das mais belas entre todas as canções dos Beatles. Tão breve e tão devastadora.

No final do disco, há o solo de Ringo e as guitarras de John, Paul e George, todas solando. Até hoje, é como Paul fecha seus shows.

E há o epitáfio: No fim, o amor que você recebe é igual ao amor que você dá.

O Abbey Road atravessou meio século.

É um dos discos mais amados do mundo.

Imagem ilustrativa da imagem ABBEY ROAD FAZ 50 ANOS

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp