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SILVIO OSIAS

Álbum que celebra os 75 anos de Gal Costa traz 10 regravações divididas com vozes masculinas

Publicado em 23/02/2021 às 6:17 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:53


				
					Álbum que celebra os 75 anos de Gal Costa traz 10 regravações divididas com vozes masculinas

Nenhuma Dor é o título do álbum que comemora os 75 anos de Gal Costa, completados em setembro de 2020.

As 10 faixas foram lançadas inicialmente em singles nos serviços de streaming e agora, neste fevereiro de 2021, estão reunidas no disco que o ouvinte encontra tanto nas plataformas digitais quanto no formato físico, em LP e CD.

São regravações do repertório de Gal, que divide as faixas com 10 vozes masculinas.

Regravar é sempre perigoso, sobretudo por causa das comparações que muitas vezes levam à constatação de que o original era melhor, mas, aqui, deu certo.

O repertório é primoroso. As escolhas, muito felizes. As releituras, irresistivelmente delicadas.

Em Nenhuma Dor, o recorte oferecido vai de 1967 a 1981.

Na ordem cronológica (que não é a do álbum) temos:

Avarandado, Coração Vagabundo e Nenhuma Dor - de Domingo, 1967.

Baby - de Tropicália, 1968.

Só Louco - de Gal Canta Caymmi, 1976.

Negro Amor - de Caras e Bocas, 1977.

Paula e Bebeto - de Água Viva, 1978.

Pois É - de Água Viva, 1978.

Juventude Transviada - de Gal Tropical, 1979.

Meu Bem, Meu Mal - de Fantasia, 1981.

Seis músicas foram compostas por Caetano Veloso (Paula e Bebeto com Milton Nascimento, Nenhuma Dor com Torquato Neto).

Negro Amor é a versão, assinada por Caetano e Péricles Cavalcanti, de It's All Over Now, Baby Blue, de Bob Dylan.

Só Louco é de Dorival Caymmi.

Pois É, de Tom Jobim e Chico Buarque.

Juventude Transviada, de Luiz Melodia.

Os convidados são:

Rodrigo Amarante (totalmente joãogilbertiano em Avarandado), Silva, Criolo, o português Antonio Zambujo, Zé Ibarra, Seu Jorge, Tim Bernardes, Rubel, o uruguaio Jorge Drexler e Zeca Veloso, com lindo falsete em Nenhuma Dor, que encerra o disco.

Com sonoridade acústica e sensíveis arranjos de cordas, o álbum tem direção musical de Marcus Preto, com quem Gal tem trabalhado nos últimos anos.

Nenhuma Dor não pede comparações com os registros originais.

Cada faixa tem luz própria na homenagem a esta grande cantora brasileira.

Imagem ilustrativa da imagem Álbum que celebra os 75 anos de Gal Costa traz 10 regravações divididas com vozes masculinas

Silvio Osias

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