SILVIO OSIAS
Aos 80, "Tempos Modernos" é um clássico absoluto!
Publicado em 02/11/2016 às 12:20 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:45
Tempos Modernos é de 1936. Tem, portanto, 80 anos. É um clássico absoluto do cinema. Podemos revê-lo nesta quarta-feira, às 19h30, no cineclube da Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa. Exibição seguida de debate. Entrada gratuita.
Uma extraordinária sátira da mecanização, Tempos Modernos confirma o ápice da criação chapliniana, diz Jean Tulard no seu dicionário de cineastas. É isso mesmo, mas a definição é reducionista. De fato, Tempos Modernos retrata o tempo em que foi feito (os EUA da Depressão) e o engajamento político do artista. Mas o seu humanismo e a sua infinita beleza estética colocam o filme num patamar de permanência que o faz eterno. Ao menos enquanto houver excluídos no mundo.
Tempos Modernos tem grandes imagens, grandes sequências. Selecionei quatro momentos.
Uma das imagens icônicas do cinema: Carlitos é engolido pela máquina.
Outra imagem inesquecível: Carlitos, acidentalmente, levanta uma bandeira vermelha e é confundido com um líder operário.
Carlitos canta. As palavras não importam. Na luta de Chaplin com o cinema sonoro, o gestual explica tudo.
The end. Carlitos e a órfã (Paulette Goddard). "Teus sapatos e teu bigode caminham numa estrada de pó e de esperança" (Drummond).
Comentários