SILVIO OSIAS
Celso Marconi, da crítica de cinema e dos tropicalistas nordestinos, faz 90 anos
Publicado em 23/08/2020 às 10:40 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:55
Celso Marconi (em foto da Folha PE) faz 90 anos neste domingo (23).
Em que lugar eu o coloco?
Em dois. Os que me ligam a ele.
Na minha infância/adolescência, apaixonado por crítica de cinema, o Diário de Pernambuco e o Jornal do Commercio, do Recife, me antecipavam os filmes que depois chegariam a João Pessoa.
No espaço de cultura do Jornal do Commercio, algo era especial: os textos de Celso Marconi. A lembrança que tenho é de que a sua crítica fugia um pouco do cânone, e isso era muito atraente.
Depois foi que conheci o Celso do Tropicalismo. Cheguei nele através de Jomard Muniz de Britto, meu professor no curso de jornalismo.
Celso e Jomard, figuras para sempre ligadas aos tropicalistas nordestinos. Os caras que, por aqui, entre Pernambuco, a Paraíba e o Rio Grande do Norte, sacaram primeiro a importância e o significado do Tropicalismo, o movimento liderado em 1967/1968 por Caetano Veloso e Gilberto Gil.
O Tropicalismo como embrião das nossas transgressões. Jomard me disse algo assim, certa vez. É aí que ponho Celso Marconi.
Faz tempo que não o vejo mais nas minhas andanças pernambucanas. A última vez foi no camarim de Caetano, no show A Foreign Sound.
Mas ele ainda faz crítica de cinema. Ao modo dele. No Facebook. Continua atento a tudo.
Fecho com CineMarconi, um dos frevos do projeto Asas da América, do querido Carlos Fernando. Na voz do paraibano Tadeu Mathias.
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