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SILVIO OSIAS

É preciso ser cinéfilo para sentir prazer no novo filme de Tarantino

Publicado em 16/08/2019 às 6:40 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:40


				
					É preciso ser cinéfilo para sentir prazer no novo filme de Tarantino

Os créditos finais de Era Uma Vez em Hollywood começam com uma música instrumental.

Se você não a conhece, ela, certamente, não lhe dirá nada.

Ouvida assim, rapidamente, uma vez só, talvez nem dê tempo de perceber o quanto a melodia é bonita.

Se você conhece a música, aí é diferente.

E se, além de conhecer, sabe para que filme ela foi composta, melhor ainda.

Novo (e nono) filme de Quentin Tarantino, Era Uma Vez em Hollywood exige muito do espectador.

Tarantino, no fundo, sempre fez filmes sobre cinema, mas estes não se passavam no mundo do cinema.

Agora, não. Era Uma Vez... é um filme sobre cinema ambientado no mundo do cinema.

Isso impede muita gente de saborear intensamente essa história que se estende por duas horas e 40 minutos.

Críticas negativas feitas ao filme falam do cansaço de uma fórmula usada pelo realizador.

Não é uma fórmula. É uma assinatura que deu certo. É a marca de um autor extremamente talentoso, que só tem feito grandes filmes.

Era Uma Vez... é mais um filme que a gente facilmente identifica como sendo de Tarantino.

O seu jeito de apresentar e seguir os personagens, o modo de contar uma história, o uso que faz das trilhas preexistentes, a maneira com que trata tanto o humor quanto a violência - está tudo em Era Uma Vez em Hollywood.

Mas há uma novidade: diminuíram os longos e tão bem escritos diálogos. Aqueles que temos desde a primeira cena do seu primeiro filme.

Era Uma Vez em Hollywood não é só uma declaração de amor ao cinema. Seria pouco. É também uma reflexão sobre cinema e realidade.

Filmes, diretores, atores e atrizes, estrelas da música, canções que marcaram uma época - o filme é um convite permanente ao espectador. Essas referências vão se somando durante a narrativa. Vão enriquecendo o diálogo entre o público e o realizador.

O ator decadente e seu dublê. O jovem casal Polanski. Charles Manson e as pessoas por ele arregimentadas. Ficção e realidade. Para onde todos serão conduzidos por Quentin Tarantino?

Bem, quem já contou à sua maneira como se deu o fim do nazismo, pode tudo por trás de uma câmera.

Era Uma Vez em Hollywood caminha lentamente para um desfecho surpreendente.

E eu não vou cometer spoiler.

Imagem ilustrativa da imagem É preciso ser cinéfilo para sentir prazer no novo filme de Tarantino

Silvio Osias

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