icon search
icon search
home icon Home > cultura > silvio osias
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SILVIO OSIAS

Eu e minha avó estamos na biografia de Roberto Carlos

Colunista tem episódio da infância narrado no livro Outra Vez.

Publicado em 04/08/2025 às 7:50


				
					Eu e minha avó estamos na biografia de Roberto Carlos
Foto/Reprodução.

Nesta terça-feira, cinco de agosto de 2025, dia em que João Pessoa completa 440 anos de sua fundação, Roberto Carlos faz show gratuito no Busto de Tamandaré. Aproveito para contar uma história que remonta à minha infância.

Recebo um curioso telefonema de uma amiga numa manhã de domingo: "Silvio, você é do Ceará?". Respondo que não e quero saber o motivo da pergunta. Ela explica: "Estou lendo a biografia de Roberto Carlos, e há um jornalista Sílvio Osias citado, só que é do Ceará".

Peço que leia o que está escrito, ela lê, e não tenho dúvidas. O autor trocou a Paraíba pelo Ceará, mas o Sílvio Osias citado aí sou eu mesmo, e essa história, quem viveu fui eu.

O livro é o volume 1 de Outra Vez, de Paulo Cesar de Araújo, lançado no final de 2021. Paulo Cesar de Araújo é o cara que escreveu aquela biografia - Roberto Carlos em Detalhes - que o artista, pela via judicial, conseguiu retirar do mercado.

Depois, fez O Réu e O Rei, que conta a briga na Justiça. E, mais tarde, em 2021, quando o STF liberou as biografias não autorizadas, voltou a Roberto Carlos em Outra Vez.

Na página 366, Paulo César de Araújo está falando da repercussão de Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, um dos maiores sucessos da carreira de Roberto Carlos.

O texto diz o seguinte: "A repercussão ia das ruas ao interior das casas, nas reuniões de família. O jornalista Sílvio Osias, que tinha 7 anos e morava no interior do Ceará, recorda: 'Nos sábados, eu e meus primos fazíamos shows para a nossa avó. Católica fervorosa, ela permitia a inclusão da música no repertório, desde que a palavra inferno fosse omitida'."

Segue Paulo César de Araújo: "Naquele ano, a cantora Clementina de Jesus, recém erigida a ícone do samba de raiz, se revelaria simpática a Roberto Carlos e à turma da Jovem Guarda. 'A época é deles e eu aprovo e até admito as cabeleiras', fazendo apenas uma restrição: 'Não gosto muito é do final daquela música mandando tudo para o inferno'. O curioso é que Clementina e a avó de Osias antecipavam, em muitos anos, o incômodo que o próprio Roberto Carlos expressaria em relação a esse tema".

Essa história dos "shows" que eu e meus primos fazíamos para a nossa avó Stella - cantávamos na cozinha em cima de tamboretes, e ela assistia sentada na sala de jantar - faz parte das mais caras lembranças que tenho da infância, bem como a "censura" que vovó impôs à música. Não é a primeira vez que conto o episódio aqui na coluna.

Se um dia eu falar com Paulo César de Araújo, direi a ele que sou da Paraíba e não do Ceará. Mas direi também que fiquei honrado com o fato de que, junto com a minha querida avó Stella, acabei entrando para a biografia do Rei. O que não sei é como essa história foi parar nas mãos do biógrafo de Roberto Carlos.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp