SILVIO OSIAS
Industrial do amadorismo é rótulo que crítica colou em Lelouch
Publicado em 17/06/2016 às 15:16 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49
Na estreia, a classificação etária me impedia de ver “Um Homem, Uma Mulher”. O que me impressionava nos cartazes era a expressão de Anouk Aimée nas cenas de sexo. Creio que foi a primeira vez que esse tipo de imagem chamou minha atenção.
Vi o filme de Claude Lelouch anos depois, já numa reprise. Uma decepção que se confirmou nas vezes em que pude revê-lo. Tinha aquele casal maravilhoso (Trintgnant e Aimée), tinha a música de Francis Lai, tinha o nosso “Samba da Bênção”, de Baden e Vinícius. Mas o resto parecia uma novela moderninha vista na tela grande do cinema.
Às vezes, enxergo um pastiche da Nouvelle Vague nos filmes de Lelouch. Quando não, aquele novelão que é “Retratos da Vida”.
Recorro ao dicionário de Jean Tulard para verificar se não estou sendo injusto com o cineasta e eis o que encontro como rótulo colado pela crítica: Claude Lelouch é um industrial do amadorismo.
Neste sábado, o filme volta às salas brasileiras no Festival Varilux. Em João Pessoa, no Cinespaço, do Mag Shopping.
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