SILVIO OSIAS
Janis Joplin morreu há 50 anos. Teve carreira meteórica, mas ainda é a maior cantora do rock
Publicado em 04/10/2020 às 7:52 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:54
Neste domingo (04), faz 50 anos que Janis Joplin morreu.
Tinha 27 anos.
Uma overdose de heroína puríssima tirou a vida da maior cantora do rock.
Janis Joplin gravou apenas quatro discos.
No primeiro, é vocalista da banda Big Brother and The Holding Company. Ainda não tem protagonismo.
No segundo (Cheap Thrills), a voz principal é a sua.
No terceiro (I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again, Mama!), não há mais Big Brother. Ela é solo.
O quarto (Pearl) foi lançado postumamente. As gravações estavam sendo terminadas quando morreu.
Quatro discos, quatro anos de carreira - foi o que precisou para se transformar numa das figuras mais poderosas do rock.
Cantava como os negros, muitos diziam e ainda dizem.
Não é verdade. Ninguém canta como os negros.
Era uma texana branca que cantava blues e soul - música de preto.
E que, além dos seus dotes vocais ainda em estado bruto, era única quando traduzia em música as suas dores.
Num blues ou numa balada, botava tudo pra fora.
Como definiu certa vez, fazia sexo com toda a plateia e, depois, mas nem sempre, ia dormir sozinha num hotel.
Janis cantando o blues Ball and Chain no festival de Monterey, em 1967, deixou Mama Cass, do Mamas and Papas, estarrecida. As imagens do documentário Monterey Pop mostram.
No festival de Woodstock, em 1969, já era uma grande estrela. Janis e sua Kozmic Blues Band.
Em 1970, no festival Express Tour, no Canadá, tem uma nova banda, a Full Tilt Boogie. Seria seu último grupo.
Passara o carnaval no Rio e seguira para Salvador de carona, numa moto.
Dizia estar "limpa".
Quando cantou Kozmic Blues em Toronto, na noite de quatro de julho, somente três meses a separavam a morte.
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