SILVIO OSIAS
Lady Di, "princesa do povo", morreu há 20 anos
Publicado em 31/08/2017 às 6:11 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Em Paris, era início da madrugada do domingo 31 de agosto de 1997.
No Brasil, noite do sábado 30 de agosto.
Eu estava num restaurante quando vi o plantão da Globo, interrompendo uma transmissão esportiva:
Lady Di e o namorado, o milionário Dodi Al-Fayed, fugindo dos paparazzi, sofreram um grave acidente. O carro em que estavam bateu num pilar do Túnel Alma.
Dormi com a notícia do acidente, acordei com a notícia da morte.
Na vida e na morte, a princesa Diana foi uma figura pop do seu tempo. Vimos muito claramente nos dias que se seguiram ao acidente fatal em Paris. Sobretudo no sábado, seis de setembro, quando Londres parou para acompanhar o cortejo fúnebre.
Do casamento com o príncipe Charles, que milhões de pessoas acompanharam pela televisão, à morte aos 36 anos, a "princesa do povo" foi personagem não só da vida frívola da Família Real, mas de ações humanitárias no combate às minas terrestres e à disseminação do vírus HIV.
Ficção com jeito de documentário, o filme A Rainha é significativo registro daqueles dias, entre o acidente em Paris e o funeral em Londres. Mostra a Família Real nos bastidores e a atuação do primeiro ministro Tony Blair, que acabara de assumir o cargo, articulando uma postura pública para a rainha Elizabeth num momento trágico e delicado.
O filme de Stephen Frears reflete sobre a adequação das monarquias às relações políticas contemporâneas e insere a figura da princesa como personagem que viveu no centro desse cenário.
A vida breve de Lady Di foi um conto de fadas transformado em tragédia. Olho com atenção para ela como quem está vendo a história passar.
Termino com um registro musical do funeral da princesa. Elton John transformando Candle in the Wind, balada dedicada originalmente a Marilyn Monroe, num tributo à sua amiga Diana.
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