icon search
icon search
home icon Home > cultura > silvio osias
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SILVIO OSIAS

Lúcia McCartney. O que me levou a Rubem Fonseca foi o cinema

Publicado em 16/04/2020 às 7:45 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:36


				
					Lúcia McCartney. O que me levou a Rubem Fonseca foi o cinema

Antes de ler Rubem Fonseca, vi Rubem Fonseca levado ao cinema.

Lúcia McCartney. O conto transformado em filme por David Neves, que migrara da crítica para a direção.

Fui atraído pela personagem que gostava dos Beatles e por Adriana Prieto, que era uma das atrizes mais lindas do cinema brasileiro.

Em 1974, falei do filme para Antônio Barreto Neto, nosso grande crítico de cinema, e ele me recomendou a leitura de O Homem de Fevereiro ou Março.

Recomendou e fez mais: colocou o livro em minhas mãos.

O Homem de Fevereiro ou Março era uma coletânea de contos de Fonseca. Um livro de bolso.

Foi uma porrada, ali nos meus 15 anos.

A crueza e a perfeição das narrativas.

O texto enxuto e coloquial, mas de extraordinária qualidade literária.

A condição humana desnudada em personagens tão comuns quanto as pessoas que a gente conhece.

Sexo e violência tal como na vida real.

Um certo jeito de cinema, que era uma coisa que me interessava muito na época.

Depois, ainda pelas mãos de Barreto, vieram O Caso Morel e Feliz Ano Novo, este, retirado de circulação pela ditadura. Fato irônico, posto que era atribuído ao autor um apoio pelo menos inicial ao golpe de 64.

Voltando a Fonseca no cinema, muito me impressionou ver A Extorsão, de Flávio Tambellini. Um esquecido filme cinco estrelas. E, bem mais tarde, A Grande Arte, de Walter Salles.

Há quem diga que A Grande Arte é seu melhor romance. Agosto, outro romance, a Globo transformou em minissérie. Engenhosíssima trama ficcional em torno da morte de Getúlio Vargas.

Rubem Fonseca nos deixou nesta quarta-feira (15).

Morreu de repente.

Faria 95 anos em maio.

Viveu muito.

Viveu bem, discreto e recluso como escolheu ser.

Foi (sempre será!) um dos gigantes da literatura brasileira.

Imagem ilustrativa da imagem Lúcia McCartney. O que me levou a Rubem Fonseca foi o cinema

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp