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SILVIO OSIAS

Nos anos 1980, Kundera era um escritor "modinha" com A Insustentável Leveza do Ser

Publicado em 12/07/2023 às 9:46


                                        
                                            Nos anos 1980, Kundera era um escritor "modinha" com A Insustentável Leveza do Ser

Nesta quarta-feira, 12 de julho de 2023, amanhecemos com a notícia da morte de Milan Kundera. O escritor tcheco nacionalizado francês tinha 94 anos.

Sempre fui mais da música e do cinema do que da literatura, do teatro e das artes plásticas. Não estou, portanto, credenciado a falar sobre Kundera, mas posso dizer duas ou três coisas que me remetem à presença dele na década de 1980.

Li A Insustentável Leveza do Ser na época em que o livro chegou ao Brasil. E, mais tarde, vi A Insustentável Leveza do Ser na época em que o filme de Philip Kaufman foi lançado entre nós. O livro, bem melhor do que sua adaptação para o cinema.

Nos anos 1980, era quase obrigatório ler A Insustentável Leveza do Ser. Bem escrito, porém chato - me desculpem os admiradores, mas foi como recebi o livro de Kundera.

Kundera se transformou num escritor "modinha" com A Insustentável Leveza do Ser, e longe de mim supor que a popularidade macula os méritos da sua escrita. Não macula, mas, às vezes, provoca algumas desconfianças no leitor.

O cineasta Milos Forman e o escritor Milan Kundera. Forman me interessou (e, mesmo depois de morto, continua me interessando) muito mais do que Kundera. Um me remete ao outro porque os dois nasceram tchecos e, fugindo do comunismo, se nacionalizaram em países capitalistas, onde fizeram fama e dinheiro. Forman, com alguns grandes filmes, nos Estados Unidos. Kundera, na França.

Kundera mais filosófico. Forman mais "cinemão". Há uma questão que os dois me sugerem: a relação com o comunismo e a liberdade que vislumbraram fora do Leste Europeu. Em Forman, quando vi seus primeiros filmes americanos (Procura Insaciável, Um Estranho no Ninho). Em Kundera, quando li A Insustentável Leveza do Ser.

Na juventude, depois da II Guerra, Milan Kundera era filiado ao Partido Comunista e de lá foi expulso. Se não estou equivocado, voltou e foi expulso mais uma vez.

No fundo, Kundera era um comunista transformado num anticomunista?

Ou seria um comunista que acreditava num aperfeiçoamento do comunismo? Os conhecedores da obra certamente têm a resposta.

Imagem ilustrativa da imagem Nos anos 1980, Kundera era um escritor "modinha" com A Insustentável Leveza do Ser

Silvio Osias

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