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SILVIO OSIAS

O que leva um quase general do Exército a mandar falsificar cartões de vacina?

Publicado em 04/05/2023 às 7:56


                                        
                                            O que leva um quase general do Exército a mandar falsificar cartões de vacina?

Olhando meu cartão de vacina contra a Covid-19. Tomei a primeira dose no dia três de abril de 2021. Laboratório: Butantan. Está assinado por Fabíola. Lembro que foi no ginásio de esportes da Escola Leonel Brizola.

Sigo com o cartão de vacina. A segunda dose, chamada de dose de reforço, tomei menos de um mês depois da primeira. Dia 29 de abril de 2021. Novamente, laboratório Butantan. A assinatura é de Janaína. O local, mais uma vez a Escola Leonel Brizola.

Intervalo de seis meses até a terceira dose, e um certo alívio diante da agressividade da doença. Terceira dose, 28 de outubro de 2021. Laboratório: Pfizer. Ginásio de esportes da Escola Seráfico da Nóbrega. Assinatura de Mayara.

Outro intervalo de seis meses, durante o qual tive a Covid-19/variante Ômicron, quadro moderado. Junto com a vacina da gripe, tomei a quarta dose num posto de saúde do bairro do Miramar. Dia quatro de maio de 2022. Laboratório: Janssen. Assinatura de Fabíola. Tive uma pequena reação.

Dez meses de intervalo. Dia seis de março de 2023. Tomei a bivalente num posto instalado no Espaço Cultural José Lins do Rego. Laboratório: Pfizer. Assinatura de Adri. Como da vez anterior, tive uma pequena reação.

Qual a importância dessa pequena história? - alguns haverão de perguntar. Respondo: Ela traz o registro da coisa certa. Como cidadão brasileiro, fiz a coisa certa num momento dramático das nossas vidas. E tenho orgulho de ter feito assim enquanto testemunhava a morte de 700 mil brasileiros e brasileiras.

Resgato essa pequena história por tudo o que vi nesta quarta-feira, três de maio de 2023, dia em que o tenente-coronel Mauro Cid, principal assessor do então presidente Jair Bolsonaro, foi preso por envolvimento num esquema criminoso de falsificação de cartões de vacina.

Na televisão, revi os desatinos de Bolsonaro contra a vacina durante a pandemia. Fiz questão de rever porque aqueles absurdos proferidos pelo presidente da República não devem nunca cair no esquecimento. São falas que precisam ser usadas contra ele. Revi, mas senti indignação. Indignação e nojo.

Os episódios de ontem me levaram a resgatar uma pergunta óbvia: o que levou o presidente Jair Bolsonaro a ser contra a vacina, a não tomar a vacina e a fazer tudo errado durante a pandemia? A esta, acrescento outra: o que leva um quase general do Exército a mandar falsificar cartões de vacina em seu benefício e em benefício do presidente da República?

O que vimos na cobertura jornalística de ontem não é coisa de um governo normal, mas de bandidos instalados num governo. É triste como retrato da vida política nacional. É triste também porque, na eleição do ano passado, milhões de brasileiros renovaram seu voto de confiança nessa gente que, agora, começa a ser levada para a cadeia.

Imagem ilustrativa da imagem O que leva um quase general do Exército a mandar falsificar cartões de vacina?

Silvio Osias

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