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SILVIO OSIAS

O que os bolsonaristas fizeram em Aparecida não é de Deus, mas do diabo

Publicado em 13/10/2022 às 10:05


                                        
                                            O que os bolsonaristas fizeram em Aparecida não é de Deus, mas do diabo

Como Glauber Rocha se faz presente em minha mente quando olho para o Brasil. Sobretudo, o Glauber de Deus e o Diabo na Terra do Sol, Terra em Transe e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, que, no exterior, ganhou o título de Antônio das Mortes.

Antônio das Mortes é o matador - "matador, matador, matador de cangaceiro", como na trilha cantada por Sérgio Ricardo - interpretado por Maurício do Valle em Deus e o Diabo na Terra do Sol. Esse aí da foto que ilustra a coluna. Ele voltou em O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.

Nesta quarta-feira, 12 de outubro, feriado de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, tive a impressão de que o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, foi buscar inspiração em Glauber Rocha e nos seus filmes quando puxou para o seu sermão a figura do dragão.

Dom Orlando falou sobre vários dragões. O dragão do ódio, o dragão da mentira (as fake news), o dragão da fome. Todos eles cabem no presidente Jair Bolsonaro. Todos eles cabem no bolsonarismo. Eles, o presidente e seus seguidores, são do ódio, são da mentira e desprezam os milhões que não têm o que comer.

Jair Bolsonaro é católico? Jair Bolsonaro é evangélico? Ecumenismo é uma coisa louvável, mas o que Bolsonaro faz, em busca de votos, é outra coisa. Ontem, num feriado católico, o presidente foi ao encontro de evangélicos e católicos. Comportamento como o dele foi questionado em Aparecida.

Os bolsonaristas fizeram arruaça na basílica de Nossa Senhora Aparecida. Uma arruaça inaceitável numa celebração religiosa. Uma arruaça nunca vista naquele santuário. Uma arruaça que só ocorreu porque, no fundo, foi estimulada pela presença do presidente Jair Bolsonaro.

A campanha eleitoral brasileira de 2022 descambou para a guerra religiosa. Essa guerra começou no lado bolsonarista, mas, como reação, atingiu também a campanha do ex-presidente Lula. O que os seguidores do presidente Bolsonaro fizeram em Aparecida não é coisa de Deus. É coisa do diabo.

Imagem ilustrativa da imagem O que os bolsonaristas fizeram em Aparecida não é de Deus, mas do diabo

Silvio Osias

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