icon search
icon search
icon search
icon search
home icon Home > cultura > silvio osias
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SILVIO OSIAS

Os 100 anos do belo Marcello

Marcello Mastroianni foi um dos maiores atores de cinema do século XX.

Publicado em 30/09/2024 às 7:17


				
					Os 100 anos do belo Marcello
Foto/Reprodução.

Sábado passado, 28 de setembro de 2024, fez 100 anos do nascimento de Marcello Mastroianni. O italiano foi um dos maiores atores de cinema do século XX.

Antes de ficar famoso fazendo filmes, Marcello Mastroianni fez teatro. No palco, foi de William Shakespeare a Tennessee Williams.

Foi logo notado por Luchino Visconti, homem dos palcos e das telas, que viu nele talento e beleza. Sob Visconti, Mastroianni fez Noites Brancas, em 1957.

Não só Luchino Visconti. Mastroianni já havia sido dirigido por Dino Risi, Mario Monicelli e Jules Dassin quando, em 1960, finalmente conheceu o sucesso mundial.

O reconhecimento internacional veio com A Doce Vida. Sob Federico Fellini, Marcello Mastroianni é Marcello Rubini, um jornalista que vaga pelas noites de Roma e entra na Fontana di Trevi com a atriz sueca Anita Ekberg.

A Doce Vida é um dos maiores filmes do mundo em qualquer tempo e um dos marcos do cinema da década de 1960.

Em 1963, Mastroianni voltou a Fellini em Oito e Meio, outro momento extraordinário da trajetória dos dois - Marcello e Federico.

Entre A Doce Vida e Oito e Meio, Marcello Mastroianni está em O Belo Antônio (1960), de Mauro Bolognini, A Noite (1961), de Michelangelo Antonioni, e Vida Privada (1962), de Louis Malle.

A Noite faz parte da trilogia da incomunicabilidade de Antonioni. Em Vida Privada, ele divide o protagonismo com Brigitte Bardot. Os Companheiros (1963), de Mario Monicelli, traz Mastroianni no papel de um professor comunista.

Marcello Mastroianni e Sophia Loren estiveram juntos em duas comédias dirigidas pelo mestre neorrealista Vittorio De Sica: Ontem, Hoje e Amanhã, de 1963, e Matrimônio à Italiana, de 1964.

Mastroianni e Loren voltaram a De Sica no melodrama Os Girassóis da Rússia, de 1970. E, com Ettore Scola, em 1977, fizeram Um Dia Muito Especial.

Em Um Dia Muito Especial, Mastroianni é um radialista homossexual, e Loren, uma dona de casa. Ele e ela cruzam seus destinos e suas solidões no dia em que Mussolini recebe Hitler em Roma, em 1938.

Em 1973, a ditadura brasileira proibiu a exibição de A Comilança, de Marco Ferreri, liberado em 1979 quando os ventos da abertura política começaram a soprar. 

Esposamante, de Marco Vicario, é de 1976. Mastroianni contracena com Laura Antonelli. Esposamante foi saudado como um filme feminista.

Marcello Mastroianni retornou a Federico Fellini em Cidade das Mulheres, de 1980. Fizeram outras parcerias: em Ginger e Fred (1985) e em Entrevista (1987).

Em 1983, Mastroianni veio ao Brasil filmar Gabriela, Cravo e Canela. Dirigido por Bruno Barreto nessa adaptação do romance de Jorge Amado, fez o turco Nacib e contracenou com Sônia Braga, que já vivera Gabriela na novela da Globo. Tom Jobim fez a música.

Esplendor (1989), de Ettore Scola, é um filme pouco lembrado entre os muitos protagonizados por Marcello Mastroianni. Fala sobre o amor ao cinema num momento em que disputou (e perdeu) com Cinema Paradiso a atenção do público pelo tema.

Há outra colaboração admirável entre Ettore Scola e Marcello Mastroianni, e ela se chama Casanova e a Revolução, de 1982. Mastroianni é Casanova.

Marcello Mastroianni se despediu do cinema em 1996. Fez Viagem ao Princípio do Mundo, dirigido pelo cineasta português Manoel de Oliveira. Já estava com o câncer no pâncreas que o matou em dezembro daquele ano.

Marcello Mastroianni filmou muito e foi grande por seu talento, por sua beleza e por ter protagonizado alguns dos filmes mais importantes do seu tempo. Celebrar sua memória é o mesmo que celebrar o cinema.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp