Os artistas dão bom exemplo. Bolsonaro só dá mau exemplo.

Nesta quinta-feira (04), foi a vez de Caetano Veloso, que vai fazer 79 anos em agosto.

No Rio, o artista recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

É o certo. Por causa da máscara, sua voz não estava tão nítida, mas creio que foi isso o que ele falou.

Caetano parecia emocionado. Paula Lavigne, de quem a gente ouvia a voz, também. Bem como a profissional de saúde que aplicou a vacina.

Fiquei comovido com as imagens.

Tenho ficado assim vendo grandes artistas brasileiros no momento em que são imunizados.

Primeiro foi Nelson Sargento, lenda do samba.

Roberto e Erasmo, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Zé Celso, Tom Zé, Martinho da Vila, Tarcísio Meira e Glória Menezes, Lima Duarte, Elza Soares, Betty Faria, Jô Soares. Pelé, que é artista da bola.

Já foram tantos.

É bonito vê-los assim. Feito gente comum. Enfrentando longas filas nos postos montados para o atendimento à população.

Dão belo exemplo como figuras públicas que as pessoas admiram.

É poderoso gesto cidadão.

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No outro extremo, enquanto o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia do novo coronavírus, está o presidente Jair Bolsonaro.

1726 mortes num dia. 1840 no outro. Mais 1786.

Já são mais de 260 mil.

E o presidente a desrespeitar os contaminados, os mortos e suas famílias.

"Frescura".

"Mimimi".

"Vão ficar chorando até quando?". 

Em suas falas insanas, Bolsonaro bota até a mãe (dos outros) no meio.

Diz o que não pode ser dito por ninguém, imaginem pelo presidente da República, e trabalha contra.

Ele e o seu governo, que está acabando com o Brasil.

"Um político que despreza a vida e celebra a morte" - escreveu Bernardo Mello Franco em O Globo, que milhões de imbecis agora pensam ser um jornal de esquerda.

Collor foi defenestrado do poder por causa de um Fiat Elba.

Dilma, pelas pedaladas fiscais.

Ontem, vi nas redes sociais um vídeo que fala didaticamente do "custo Bolsonaro"

É muito alto.

Quando, afinal, o presidente será responsabilizado pelo que vem fazendo?

Ou deixando de fazer.