SILVIO OSIAS
Os políticos acabaram com o Rio de Janeiro de tantas canções!
Publicado em 21/11/2016 às 6:17 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49
Acredito que poucas cidades do mundo foram exaltadas em tantas canções quanto o Rio de Janeiro.
Do hino Cidade Maravilhosa ao samba Aquele Abraço. Da Valsa de uma Cidade ao Samba do Avião.
Tom Jobim e Billy Blanco fizeram uma sinfonia para o Rio de Janeiro. Carlos Lyra e Vinícius de Moraes, o Samba do Carioca. Braguinha, Copacabana. Caymmi, Sábado em Copacabana.
A lista não tem fim.
Penso nessas canções e em tantas mais agora que o Rio, por causa dos seus políticos, está mergulhado numa crise sem precedentes.
Também lembrei de outras que pareciam nos alertar sobre o futuro.
Nossa famosa garota não sabia a que ponto a cidade turvaria/esse Rio de Amorque se perdeu - cantou Vinícius na Carta ao Tom, que já tem mais de 40 anos.
Flutua no ar um desprezo, desconsiderando a razão/que o homem não sabe se vai encontrar/um jeito de dar um jeito na situação - é Paulinho da Viola em Amor à Natureza. Também tem mais de 40 anos.
São Sebastião crivado/nublai minha visão/na noite da grande fogueira desvairada - é Chico Buarque em Estação Derradeira. Há quase 30 anos.
E tem aquela oração que Gil e Milton gravaram no ano 2000:
Sebastian
Sebastião
Diante de tua imagem, tão castigada e tão bela
Penso na tua cidade
Peço que olhes por ela!
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