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SILVIO OSIAS

Paul McCartney agora é cabo eleitoral

O beatle quer a inclusão de cantor britânico no Hall da Fama do Rock.

Publicado em 12/03/2025 às 8:24 | Atualizado em 12/03/2025 às 9:29


				
					Paul McCartney agora é cabo eleitoral
Foto/Reprodução.

Num livro sobre rock que li na adolescência, Joe Cocker era classificado como uma espécie de cover branco de Ray Charles. Guardei na memória para sempre. Podia não ser perfeita, mas era uma boa maneira de definir o "Cocker power".

Falei em "Cocker power" porque era assim que se chamava o disco que a Odeon botou no mercado brasileiro em 1973. Cocker Power, powerfull. Uma poderosíssima compilação dos grandes sucessos desse fabuloso cantor britânico.

Joe Cocker, nascido em 1944, se projetara em 1969 no festival de Woodstock, cantando uma versão de With a Little Help From My Friends, dos Beatles. Era um daqueles casos em que o cover é muitíssimo melhor do que a gravação original.

Em 1970, com dois discos no mercado (With a Little Help From My Friends e Joe Cocker!), o cantor saiu em turnê pelos Estados Unidos com uma banda arregimentada por Leon Russell, e os shows viraram disco e filme: Mad Dogs & Englishmen.

O sucesso de Joe Cocker, amplificado por sua aparição arrebatadora no documentário Woodstock, foi tão grande quanto breve. Os excessos com drogas e álcool logo tiraram Joe Cocker de circulação e destruíram uma carreira que prometia ser brilhante.

Joe Cocker voltou muitos anos depois e seguiu gravando discos e fazendo turnês pelo mundo. Fez sucesso com Unchain My Heart, um cover de Ray Charles, e gravou um álbum excepcional - Organic. Mas nunca recuperou o "Cocker power".

Joe Cocker era britânico, mas foi viver numa pequena cidade dos Estados Unidos, de onde saía para os estúdios das grandes cidades ou para as turnês mundiais. Joe Cocker morreu aos 70 anos em dezembro de 2014. Tinha câncer de pulmão.

O rock tem o seu museu. Fundado por Ahmet Ertegun, grande produtor de discos, fica em Ohio, nos Estados Unidos. É o Rock and Roll Hall of Fame. Aos poucos, vai abrigando os grandes nomes da história do rock. Gente que já morreu, gente que está viva.

De Elvis Presley aos Beatles, de Bob Dylan aos Rolling Stones, os maiores do rock estão no Hall of Fame. Também tem gente do blues, como Muddy Waters, e da soul music, como Stevie Wonder e Ray Charles. Mas há grandes lacunas.

Joe Cocker é uma lacuna a ser preenchida no Hall da Fama do Rock. O que ele fez o torna merecedor de estar lá. E, agora, a admissão de Joe Cocker no Hall of Fame acaba de ganhar um defensor fortíssimo, um verdadeiro cabo eleitoral.

Aos 82 anos, Paul McCartney abraçou a "candidatura" de Joe Cocker através de uma carta oficial ao museu e declarou: “Joe Cocker era um grande homem e um ótimo cantor cujo estilo único proporcionou algumas performances fantásticas".

Paul McCartney está certíssimo. É verdade que Joe Cocker teve uma carreira atribulada, mas, nos momentos de êxito, sobretudo na juventude, se consolidou como uma das vozes mais expressivas e marcantes de toda a história do rock.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

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