SILVIO OSIAS
Pergunta para o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa: o que seria de nós sem o jornalismo profissional?
Publicado em 07/06/2022 às 12:12
Hoje, terça-feira, sete de junho, é o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. A Constituição de 1988, a nossa Constituição Cidadã do tempo de Ulysses Guimarães, nos assegura a liberdade de imprensa. Está no texto constitucional. Claríssimo texto constitucional a ser respeitado.
No Brasil, em meio à produção de fake news que podem alterar até os rumos de uma eleição presidencial, a ultradireita confunde seus seguidores: "Querem tirar a nossa liberdade de expressão" - diz coisas assim. Mas as mentiras largamente difundidas nas redes sociais não se enquadram no que deve ser caracterizado como liberdade de expressão. São, muito comumente, conteúdos criminosos que atentam contra a democracia.
Fake news em redes sociais são uma coisa. Outra coisa completamente diferente é conteúdo jornalístico produzido por veículos de comunicação. Você pode não concordar com eles. A linha editorial deles pode ser completamente distinta do que você pensa. Mas eles representam o jornalismo profissional. E este, com virtudes e defeitos, é essencial. Ainda mais num momento em que nossa democracia está sendo dilapidada.
Neste Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, os maiores veículos de comunicação do país estão fazendo uma campanha. Jornais como a Folha, O Globo e o Estadão, por exemplo, circulam, em suas capas, com uma tarja preta que diz: DIA NACIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA - UMA CAMPANHA EM DEFESA DO JORNALISMO PROFISSIONAL.
Não discuto quando vejo a ultradireita fazer duríssimas críticas ao jornalismo profissional. Não adianta. Quando as críticas não vêm da ultradireita, ainda me permito a pergunta: o que seria de nós sem esse jornalismo? A pergunta vale para todos os dias do ano. Vale mais ainda hoje, Dia Nacional da Liberdade de Imprensa.
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