icon search
icon search
home icon Home > cultura > silvio osias
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

SILVIO OSIAS

Roberta Flack já era Roberta Flack antes de Killing Me Softly

Cantora estadunidense morreu nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025.

Publicado em 25/02/2025 às 6:37


				
					Roberta Flack já era Roberta Flack antes de Killing Me Softly
Foto/Reprodução.

A cantora estadunidense Roberta Flack, de 88 anos, morreu em Nova York nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2024. Ela tinha Esclerose Lateral Amiotrófica.

É curioso, mas Roberta Flack me remete a Clint Eastwood. Foi através do grande cineasta americano que ouvi pela primeira vez a bela voz dessa cantora.

Clint Eastwood se projetou como ator na década de 1960, mas, somente em 1971, quando já tinha 41 anos, foi que ele fez sua estreia como diretor de cinema.

Seu filme de estreia se chama Play Misty For Me. No Brasil, Perversa Paixão. A ligação de Clint Eastwood com a música é nítida já na sua estreia como diretor.

Não só pela menção, no título, ao standard Misty e pela aparição de músicos como Cannonball Adderley e Joe Zawinul, mas pela voz de Roberta Flack na trilha sonora.

The First Time Ever I Saw Your Face é o nome da canção que a gente ouve no filme. A voz é dela, Roberta Flack. E são muito lindas - a voz e a canção.

Sei que The First Time Ever I Saw Your Face fez sucesso nas paradas dos Estados Unidos. Mas não lembro que o mesmo tenha ocorrido no Brasil.

Fez tanto sucesso nos Estados Unidos que, em 1973, deu a Roberta Flack seu primeiro Grammy. The First Time Ever I Saw Your Face venceu como Canção do Ano.

Muito mais tarde, no final dos anos 1990, ganhou uma regravação incrível no repertório de Songs From The Last Century, álbum jazzzístico de George Michael.

No Brasil, infelizmente, Roberta Flack é cantora de uma só música. O sucesso dela entre nós foi gigantesco, mas o público brasileiro não acompanhou a sua carreira.

Roberta Flack explodiu em escala planetária - e, no Brasil, não foi diferente - em 1973, quando lançou a canção Killing Me Softly With His Song.

A gravação dela não é a original, mas é a que se tornou conhecida. Quincy Jones ficou deslumbrado quando ouviu Roberta cantá-la, acompanhando-se ao piano.

Roberta Flack ainda não tinha feito a gravação, e o maestro, que sabia absolutamente tudo de música, recomendou que ela gravasse a canção imediatamente.

Em 1973, quando gravou Killing Me Softly With His Song, Roberta Flack tinha 36 anos e aquele seria seu quinto álbum desde a estreia, em 1969, com First Take.

A canção é linda, irresistível e colou para sempre nos ouvidos do mundo inteiro. Em 1974, merecidamente, ganhou o Grammy na categoria Canção do Ano.

Roberta Flack começou a tocar piano na infância. Mais tarde, estudou música, teve formação. Depois do sucesso de Killing Me Softly With His Song, seguiu gravando regularmente, pelo menos até o final da década de 1990.

O último álbum dela que ouvi se chama Let It Be, Roberta. Não é um grande disco. Foi lançado em 2012 e, como o título sugere, traz Roberta Flack cantando Beatles.

Um AVC em 2016, a covid em 2022 e o diagnóstico de Esclerose Lateral Amiotrófica, também em 2022, afastaram de vez Roberta Flack da cena musical.

Como John Lennon e Yoko Ono, o maestro Leonard Bernstein e a atriz Lauren Bacall, Roberta era uma das celebridades que moraram no Dakota, em Nova York.

Muita gente pode não saber quem foi Roberta Flack. Mas todo mundo ouviu Killing Me Softly With His Song. Vamos ouvir de novo em sua memória.

Foto/Reprodução

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp