SILVIO OSIAS
Rock rural de Zé Rodrix também era protesto contra a ditadura
Publicado em 25/11/2017 às 9:07 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44
Se estivesse vivo, Zé Rodrix faria 70 anos neste sábado (25).
Um enfarte matou o músico aos 61 anos, em maio de 2009.
O jovem Zé Rodrix estava no grupo vocal que acompanhou Edu Lobo em Ponteio, a vencedora do histórico festival de MPB de 1967.
Mais tarde, vamos encontrá-lo como integrante do grupo Som Imaginário.
A banda tocou com Milton Nascimento no LP que começa com Para Lennon e McCartney, o primeiro de uma série de discos excepcionais que Bituca gravou nos anos 1970.
Em parceria com Tavito, Zé Rodrix é o autor de Casa no Campo, canção que recebeu registro definitivo de Elis Regina em 1972.
Depois do Som Imaginário, um trio: Sá, Rodrix e Guarabyra, a criação do rock rural e um dos grandes discos do rock brasileiro, Terra.
Podia não parecer, mas o rock rural também era uma forma de protestar contra a ditadura.
As letras não continham um protesto explícito, mas propunham uma vida alternativa, longe da opressão que vinha do regime militar.
Uma síntese muito boa da música de Zé Rodrix é o CD que a filha Marya Bravo, cantora talentosíssima, dedicou às canções do pai.
Na Sexta de Música, minha coluna semanal na CBN João Pessoa, falei de Sá, Rodrix e Guarabyra.
Segue o áudio.
https://soundcloud.com/tiago-bernardino-461828264/sexta-de-musica-silvio-osias-cbn-joao-pessoa-1
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