SILVIO OSIAS
Século XX foi o século do jazz, não dos Beatles ou da guitarra
Publicado em 30/04/2020 às 12:01 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:36
Hoje (30) é o Dia Mundial do Jazz.
Reproduzo o que, certa vez, contou-me um amigo.
Ele estava na casa de um profundo conhecedor de música erudita e ouviu deste o seguinte comentário:
"O século XX foi o século de Herbert Von Karajan".
Karajan, o fabuloso maestro da Orquestra Filarmônica de Berlim e, até o advento do CD, poderosa marca da indústria do disco.
Meu amigo ousou discordar do anfitrião:
"O século XX foi o século dos Beatles e da guitarra".
Gostei da história, mas não fiz nenhum comentário.
Depois foi que pensei:
"Que nada! O século XX foi o século do jazz!"
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Gilberto Gil me disse, numa conversa sobre Thelonious Monk e Miles Davis, que o jazz é o homem no abismo da improvisação.
Moacir Santos - ouvi dele - preferia o jazz ao rock porque, segundo o maestro, aquele tem células musicais mais desenvolvidas do que este.
Eric Hobsbawm, grande historiador marxista, assim definiu o jazz:
“Não é um gênero autocontido ou imutável, não é uma linha divisória, mas uma vasta zona fronteiriça que o separa da música popular comum”.
Ouço jazz pensando que é a mais rica e importante expressão da música popular do mundo.
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