SILVIO OSIAS
Sob Bolsonaro, a mentira agora é chamada de inadequação
Publicado em 30/06/2020 às 9:55 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:36
No primeiro momento, era o currículo que fazia de Carlos Alberto Decotelli um grande nome para o Ministério da Educação.
Nas redes sociais, bolsonaristas chegaram perto de orgasmos inenarráveis.
Estamos em êxtase!
Um tremendo acadêmico no MEC!
Coisas assim.
Nem precisava disso tudo.
Afinal, não é titulação acadêmica que fará do cara um grande ministro. Mas foi o que venderam depois do desastre chamado Weintraub.
Muito bem. Entre o anúncio e a posse adiada, houve a diluição do currículo. Como nunca testemunhamos.
Professor pela Fundação Getúlio Vargas?
Nem tanto, diz a própria FGV.
Mestrado pela Fundação Getúlio Vargas?
Sim, mas com suspeita de plágio na dissertação.
Doutorado na Argentina?
Créditos pagos, tese reprovada, informa a universidade. Ou seja: não é doutor.
Pós na Alemanha?
Claro que não, garante a universidade.
O ministro não empossado é chamado a dar explicações.
Foi ao Planalto e deve ter dito coisas que - convenhamos - o presidente não entende.
Inadequações, foi como Bolsonaro traduziu a coisa.
Vivemos para ver: a mentira agora pode ser chamada de inadequação.
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