SILVIO OSIAS
Tapa de Will Smith em Chris Rock movimentou o Oscar, que é uma festa cafona e sem graça
Publicado em 28/03/2022 às 10:18 | Atualizado em 28/03/2022 às 10:58
Já vi coisas muito interessantes no Oscar. Exemplos? A noite em que Charles Chaplin voltou à América, duas décadas depois de ter sido defenestrado. Ou a cerimônia em que Marlon Brando mandou uma índia (falsa) recusar a estatueta de Melhor Ator por seu desempenho em O Poderoso Chefão.
Já vi grandes filmes levando a estatueta de Melhor Filme. O Poderoso Chefão e O Poderoso Chefão II. UmEstranho no Ninho e Amadeus. A Lista de Schindler, Os Imperdoáveis. Hoje, verdadeiros clássicos do cinema.
Mas não gosto da festa pela qual tanta gente que ama o cinema espera o ano inteiro. Sei que é importante como grande evento da indústria cinematográfica. Mais da indústria do que da Sétima Arte, mas sempre tentando conciliar as duas coisas.
Convenhamos, porém, em primeiro lugar, é conduzida por aquele humor muito sem graça dos americanos. Em segundo, é uma cerimônia cafona e chatérrima. De um mau gosto terrível.
Mudanças? Há uma que considero importante: o expressivo crescimento da presença de negros. No passado, não era assim. Agora, eles são protagonistas ao lado dos brancos. Lembremos sempre que isso se dá num país que ainda separa as pessoas pela cor da pele.
Um babado fortíssimo no Oscar 2022? Will Smith, vencedor na categoria de Melhor Ator, não gostou da brincadeira de Chris Rock com sua mulher, subiu no palco e deu um tapa no colega. Para muita gente, essas coisas são resolvidas assim.
Maria Beltrão, Dira Paes, Marcelo Adnet e Fábio Porchat narrando e comentando o Oscar? Fica a impressão de que falta gente que entenda mesmo de cinema.
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