SILVIO OSIAS
Tensão permanente é uma das chaves de "Aquarius"
Publicado em 05/09/2016 às 15:59 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Comecei a segunda-feira (05) escrevendo sobre Aquarius. Volto ao filme de Kleber Mendonça Filho para um pequeno registro.
Uma tensão permanente a criar, no público, a expectativa de que algo muito forte vai acontecer. E, quase sempre, não ocorre na dimensão que é esperada.
Essa tensão é marcante em O Som ao Redor e, novamente, em Aquarius.
E é uma das chaves da narrativa dos dois grandes filmes de Kleber Mendonça Filho.
Kleber trabalha essa tensão com um modo muito peculiar de construir a narrativa, que é a sua assinatura, mas ela está presente também em outros momentos do melhor cinema do mundo.
Remete, por exemplo, à angústia que o espectador experimenta ao ver De Olhos Bem Fechados, grande, mas subestimado filme do mestre Stanley Kubrick. Ou a tantas tramas do velho Hitchcock, cineasta da angústia e do medo.
Aliás, ver os filmes de Kleber Mendonça Filho só nos remete a grandes filmes. E a mestres da direção.
Ainda volto a Aquarius. Para falar da trilha sonora.
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