SILVIO OSIAS
Tirar Aquarius do Oscar é erro tão grosseiro quanto botar Lula, o Filho do Brasil
Publicado em 13/09/2016 às 6:33 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:46
Aquarius, excepcional filme de Kléber Mendonça Filho, era o favorito, mas perdeu, para um filme que ninguém viu (Pequeno Segredo), a chance de entrar na disputa pelo Oscar de melhor filme em língua estrangeira.
O governo brasileiro atuou para que Aquarius não fosse o representante do Brasil na disputa? Se o fez, fez muito mal!
Aquarius (como O Som ao Redor, primeiro longa de Kléber) é um grande filme, no nível do que se faz de melhor no mundo atualmente. Orgulharia o Brasil se fosse indicado pela Academia para disputar a estatueta.
Qual o problema do cineasta ser contra o governo Temer? Um eventual protesto dele na cerimônia do Oscar (como ocorreu em Cannes) seria legítimo e faria parte do jogo democrático.
Não escolher Aquarius é um erro tão estúpido quanto escolher Lula, o Filho do Brasil, de Fábio Barreto, uma cinebiografia medíocre do ex-presidente Lula.
Sim! E Lula, o Filho do Brasil, no último ano do governo Lula, foi o eleito para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de melhor filme em língua estrangeira!
Lembram? Eu não esqueci!
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