SILVIO OSIAS
Walter Salles diz quais são os quatro melhores filmes brasileiros
Há um documentário entre as escolhas do diretor de Ainda Estou Aqui.
Publicado em 01/07/2025 às 6:51

Assisti a um pequeno vídeo no qual o cineasta Walter Salles escolhe aqueles que, na sua opinião, são os quatro melhores filmes brasileiros.
Walter Salles dirigiu seu primeiro filme em 1991. A Grande Arte é baseado no romance homônimo que o escritor Rubem Fonseca publicara em 1983.
Central do Brasil, de 1998, tornou Walter Salles um nome internacional do cinema. Por sua atuação, Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Walter Salles chegou ao topo da sua carreira com Ainda Estou Aqui, lançado no ano passado. A produção conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional.
Ainda Estou Aqui deu também o Globo de Ouro a Fernanda Torres, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, mas não ganhou a estatueta.
Walter Salles faz filmes muito bons, mas eles são acadêmicos. Arrisco dizer que, em seu cinema, Walter Salles não ousa, não transgride, não rompe, não inventa.
Tão difícil de fazer, porque tão curta, a lista dos quatro melhores filmes brasileiros na opinião de Walter Salles é, por vários motivos, muito acertada.
Contempla o Cinema Novo, através de Glauber Rocha, o cinema feito em São Paulo, com Luiz Sergio Person, e o atual cinema brasileiro, com Kleber Mendonça Filho.
E, com Eduardo Coutinho, não deixa de fora o documentário, esse tipo de filme tão importante, mas quase sempre de difícil penetração no mercado.
Segue a lista de Walter Salles. São filmes imprescindíveis.

TERRA EM TRANSE
De Glauber Rocha, 1967
Depois de Deus e O Diabo na Terra do Sol, Glauber fez o maior de todos os filmes políticos brasileiros. Quase 60 anos depois, Terra em Transe permanece atual.

CABRA MARCADO PARA MORRER
De Eduardo Coutinho, 1984
A retomada do filme interrompido pelo golpe de 1964 conta história de Elizabeth Teixeira neste que, muito provavelmente, é o maior documentário realizado no Brasil.

SÃO PAULO SOCIEDADE ANÔNIMA
De Luiz Sergio Person, 1965
Vigoroso drama urbano ambientado na São Paulo de meados dos anos 1960. Ponto alto da filmografia de Person, cineasta que morreu cedo e é pouco lembrado.

O SOM AO REDOR
De Kleber Mendonça Filho, 2012
Ao migrar da crítica para a direção, Kleber Mendonça Filho diz a que veio. O Som ao Redor, seu longa de estreia, está à altura dos melhores filmes do mundo.
Comentários