SILVIO OSIAS
Zé Renato canta Paulinho da Viola em CD de sambas tristes
Publicado em 03/02/2020 às 7:25 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:38
Vi Zé Renato pela primeira vez no Projeto Pixinguinha de 1978.
Ele, aos 22 anos, como integrante do Boca Livre.
Naquela temporada, o quarteto, ainda inédito em disco, dividia o palco com Edu lobo.
Já faz 42 anos.
A carreira de Zé Renato tem sido partilhada entre o Boca Livre, notável grupo vocal, e os projetos solo.
O mais recente, lançado no final de 2019, se chama O Amor É um Segredo.
É um CD inteiramente dedicado ao repertório de Paulinho da Viola.
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Zé Renato gravou o disco no Recife.
Entre os poucos músicos convidados, está o maestro Spok, tocando sax.
Nessas delicadíssimas releituras, os sambas de Paulinho da Viola ficaram ainda mais intimistas.
Voz, violão, discreta percussão, um sax aqui, um trompete ali.
A música mais antiga é dos anos 1960, daquele disco com Elton Medeiros.
A mais recente, dos anos 1980, do álbum Eu Canto Samba.
Não há grandes sucessos. É tudo lado B.
O Amor É um Segredo é um belo CD de sambas tristes de Paulinho da Viola.
Fala de amor, mas combina - alguém já disse - com a tristeza que se abate hoje sobre o Rio de Janeiro, onde o autor nasceu.
Pena que só tem nove faixas.
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O REPERTÓRIO
Um Caso Perdido (Paulinho da Viola)
Sofrer (Paulinho da Viola e Capinam)
Lua (Paulinho da Viola)
Só o Tempo (Paulinho da Viola)
Cidade Submersa (Paulinho da Viola)
Foi Demais (Paulinho da Viola e Mauro Duarte)
Vida (Paulinho da Viola e Elton Medeiros)
Para Um Amor no Recife ( Paulinho da Viola)
Minhas Madrugadas ( Paulinho da Viola e Candeia)
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