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CULTURA

Simone diz que Brasil está à deriva num mar de corruptores

Cantora se apresenta em João Pessoa neste sábado com espetáculo que revê trajetória iniciada na década de 1970 e faz homenagem a compositoras

Publicado em 15/04/2016 às 16:30

Simone estava começando a se tornar uma artista conhecida quando cantou pela primeira vez em João Pessoa. Foi em 1978. Estava saindo de “Face a Face”e entrando em “Cigarra”. A consagração veio um pouco depois, no início de 1980, com o lançamento do disco gravado ao vivo no Canecão.

Baiana, ex-atleta, a cantora atualmente está na estrada com o show “É Melhor Ser”, que comemora quatro décadas de carreira. Passa por João Pessoa neste sábado, no Teatro Pedra do Reino, do Centro de Convenções. A direção do espetáculo é de Christiane Torloni, e a cenografia, de Hélio Eichbauer. A direção musical é do pianista Leandro Braga.

"Estamos entregues ao abandono e à deriva num oceano de corruptores das mais diversas legendas", foi o que disse Simone ao responder, por email, às perguntas do JORNAL DA PARAÍBA. Veja alguns destaques da entrevista.

O show

"Sempre me preocupei muito com isso. É importantíssimo pra mim ser conduzida, ter a visão do diretor, de fora, que sempre aponta para uma argumentação muito saudável. Para este show, eu queria ter o olhar feminino, queria uma pessoa de teatro que olhasse para mim e me visse. E foi exatamente o que a Chris (Christiane Torloni) fez. Ela é uma pessoa da arena, uma grande atriz, e tem esse universo que eu queria mostrar. Ela me olhava e me via. E a cenografia do Hélio Eichbauer, orgânica e também muito feminina, reitera isso. Minha carreira foi muito construída no palco, ali não há intermediário. É o contato direto com o público".

40 anos de carreira

"Acho que nos últimos 40 anos, período que eu retrato no disco e meu tempo de carreira, houve um florescimento muito grande de compositoras. Até então, isto não era muito comum no Brasil, a composição no Brasil era quase exclusiva dos homens. As mulheres, tradicionalmente, eram as intérpretes. Enfim, houve uma vontade de homenagear estas mulheres de vanguarda, guerreiras, amantes e, acima de tudo, grandes artistas. E com isso, ao mesmo tempo, lançar um olhar sobre o meu ofício. Não me arrependo de nada que fiz, nada! Pois foram 40 anos de um trabalho muito honesto, sincero e coerente comigo".

O ofício de cantar

"Sagrado! Sou completamente entregue a ele".

O atual impasse brasileiro

"Eu acho uma sacanagem o que estão fazendo com o país e com o povo brasileiro. Estamos entregues ao abandono e à deriva num oceano de corruptores das mais diversas legendas. Obviamente, todos temos uma parcela de culpa nas corrupções do dia a dia, mas os dirigentes do país não merecem defesa, são eles os maiores culpados".

Ao enviar as perguntas, pedi a Simone que escolhesse o melhor título da sua discografia. Ela disse que não é a melhor pessoa para fazer isso. Alegou que é como perguntar para uma mãe qual o filho preferido. OK. Resposta aceita, tento, então, fazer a minha escolha, mas fico dividido entre “Face a Face”e “Cigarra”.

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Jornal da Paraíba

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