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CULTURA

Sinfônica da Paraíba respira novos ares

Concerto inaugural é hoje, às 20h, no recém-reformado complexo da Funesc, em Tambauzinho. A entrada é gratuita.

Publicado em 28/08/2014 às 8:19 | Atualizado em 11/03/2024 às 11:01

O maestro Luiz Carlos Durier encara uma orquestra sinfônica como um instrumento musical humano. “E como toda forma humana, ela tem que ser tratada com muito carinho. Ela pede, em nome da música e da capacidade de quem a compõe, um ambiente saudável ao seu redor”, diz o regente da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB).

Tal ambiente a Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) pretende oferecer à OSPB com a Sala de Concertos José Siqueira. O concerto inaugural é hoje, às 20h, no recém-reformado complexo da Funesc, em Tambauzinho. A entrada é gratuita.

A sala que homenageia o maestro e compositor paraibano (saiba mais sobre ele no box) está localizada no espaço do antigo Cine-Teatro Bangüê. Segundo Durier, que participou ativamente da concepção da José Siqueira, as instalações oferecem melhoramentos acústicos e maior conforto para o público.

"A sala tem todas as qualificações e especificações técnicas para a execução do repertório sinfônico", garante Durier. "Toda a acústica agora foi rebalanceada de modo que o som dos instrumentos ficasse mais perceptível ao ouvido. O emadeiramento foi todo trocado e a plateia agora tem lugares para cadeirantes e pessoas obesas."

O teste para a OSPB será ao som de um repertório especialmente preparado para a noite e para mostrar, nas palavras do maestro, que a OSPB agora tem uma cara "mais 'up', acessível e juvenil".

Na abertura, os músicos se incursionam pela quarta das Seis Danças Brasileiras, de José Siqueira (1907-1985); na sequência, o programa se debruça sobre um concerto em violão do compositor espanhol Mario Castelnuovo-Tedesco (1895-1968) em homenagem ao conterrâneo Andrés Segovia (1893-1987); depois vem a Sinfonia Popular, de Radamés Gnatalli (1906-1988), e, fechando o concerto, o arranjo sinfônico para Tico-Tico no Fubá, de Zequinha de Abreu.

"O público vai entender que a música sinfônica está mais perto da música popular e vice-versa. Um concerto de orquestra não precisa ser sério, precisa ser agradável, tocar no coração e emocionar as pessoas", diz Durier, que pede aos amantes da música de qualidade, em João Pessoa, que reservem as quintas-feiras para comparecer às apresentações regulares das orquestras na Sala de Concertos José Siqueira.

De acordo com a pauta da Funesc, a OSPB terá apresentações quinzenais no espaço. As outras quintas-feiras serão reservadas para apresentações da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba (que, excepcionalmente, faz a sua estreia amanhã no palco da José Siqueira) e de grupos de câmara e de outras formações sinfônicas. As atividades também podem se estender futuramente para o sábado.

QUEM FOI JOSÉ SIQUEIRA?

Nascido em Conceição (no Sertão, a 482 quilômetros de João Pessoa), no ano de 1907, José de Lima Siqueira foi um maestro e compositor de projeção internacional, devido ao seu papel na educação musical e sobretudo na liderança que exercia entre os seus pares. "Ele era um homem visionário. Foi um grande músico e grande pesquisador da música nativa", professa Luiz Carlos Durier. "Toda a inspiração de sua obra vem da música negra, do candomblé, do aboio e das cantigas de roda. Foi um grande homem que criou a Orquestra Sinfônica Brasileira e a Filarmônica do Rio.

Também foi responsável por dar aos músicos uma categoria profissional, ao criar a Ordem dos Músicos do Brasil, que confere uma cidadania trabalhista à profissão de músico, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil aos advogados e o Conselho de Medicina aos médicos". Filho de mestre popular, aprendeu a tocar instrumentos de sopro na infância e tocou em banda sinfônica militar na juventude. Estudou composição e regência no Instituto Nacional de Música. Regeu em vários países e morreu no Rio de Janeiro, em 1985.

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Jornal da Paraíba

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