Sinônimo de Jornalismo

Esta semana, o JORNAL DA PARAÍBA presta homenagem a um dos maiores nomes das letras e do jornalismo no estado: Gonzaga Rodrigues, que completa 80 anos na próxima sexta-feira, 21.

Para celebrar a memória viva do jornalismo, até a data de seu aniversário serão reverenciadas as figuras do jornalista, pensador político, escritor, cronista e imortal nascido em Alagoa Nova, no Agreste paraibano.

Foram convidados também companheiros de batente para compartilhar neste espaço experiências de convivência com o mestre. O primeiro é o jornalista e colunista do JP, Rubens Nóbrega, cujo depoimento pode ser conferido ao lado.

Na sua trajetória jornalística de mais de 60 anos, Gonzaga já passou pelos principais jornais da Paraíba, exercendo diversas funções dentro das redações. Atualmente colunista do JP, suas crônicas podem ser apreciadas desde 1970.

“O jornalismo não foi uma escolha”, relembra Gonzaga Rodrigues. “Eu sempre fui uma pessoa muito recolhida e me apoiei na leitura. Como filho único, minha companhia era o livro”.

Para ele, o apreço às letras, junto com o jornalismo foi um casamento perfeito para seu primeiro emprego. “Havia uma espécie de comunhão entre a literatura e o jornalismo”, conta. “E fui fazendo o que gostava, o que achava bom, o que achava bonito, embora sofrendo com relação ao salário”.

Nessa época, Gonzaga lembra que seu primeiro desafio foi a luta de conseguir se fixar no novo ofício. “Fiquei navegando entre A União e o saudoso jornal O Norte como revisor, tradutor de telegrama, ensaios...”.

Mesmo não havendo uma universidade para a profissão, o paraibano fazia parte do que ele denomina “redação solidária”, onde cada um ajudava nas dúvidas e pesquisas dos outros como uma família. “Dentro dessa solidariedade eu me fiz e me firmei. Então, quando chegou ao ponto de trabalhar na liderança de jornal com o desafio de formar redações, eu trabalhei da mesma forma”.

Com seu jeito sempre modesto, Gonzaga não gosta que lhe seja atribuída a alcunha de ‘mestre’. “Não sou mestre de nada. Na verdade eu sou o que sabe formar time – não porque tenha uma intuição de saber quem é o melhor, mas por essa coisa de todo mundo participar e ser igual”.

Faziam parte da ‘família’ grandes nomes do jornalismo paraibano como Luiz Ferreira, Augusto Crispim, Martinho Moreira Franco, Natanael Alves, entre outros.