CULTURA
Som estereofônico
Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, cantor e compositor Wilson Simoninha fala sobre o seu novo trabalho ' Alta Fidelidade'.
Publicado em 23/05/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 17:08
“Quando comecei a fazer em 2009 o Baile do Simonal, a princípio era só pra fazer alguns shows, mas foi um sucesso. Só tive tempo para fazer um novo disco em 2012”, conta ao JORNAL DA PARAÍBA o cantor e compositor Wilson Simoninha, que está lançando Alta Fidelidade (S de Samba/Som Livre).
“A ideia não foi buscar uma sonoridade completamente diferente do que eu venho fazendo, mas eu queria trazer algum frescor, um toque de novidade, que é sempre importante”.
Inicialmente, o músico confessa que não estava claro o delineado do projeto, mas ele conseguiu buscar a linguagem dividindo o seu tempo na ponte-aérea São Paulo e Rio de Janeiro. “O disco é despretensioso e direto, onde as pessoas vão ter o prazer de colocar no carro, nos seus players portáteis ou mesmo em casa, quando chegar do trabalho”, classifica. “Hoje em dia é difícil escutar um disco inteiro”.
Definido o balanço do novo trabalho, faltou apenas o seu nome, que ficou em suspense até ter “um estalo” quando o disco já estava na fábrica. Em uma conversa, a expressão ‘Alta Fidelidade’ (‘High Fidelity’, em inglês) veio na cabeça, evocando o ‘selo’ nas capas dos LPs dos anos 1960, atestando a qualidade do produto. “O nome é uma brincadeira interessante, uma provocação”.
PARCERIAS
Com uma levada alegre e dançante, o álbum fala de amores, poemas, paixões, praia, sol e futebol, trazendo as participações especiais dos intérpretes João Sabiá, representando “a nova geração” na faixa de abertura ‘Meninas do Leblon’ (hit assinado pelos dois), e do rapper paulista Max B.O., presente no remix da única música que não é inédita entre as 12 faixas, ‘Falso amor’ (composição de Jair Oliveira).
“Na feitura do disco pensei: ‘vou trazer o B.O. que é um cara que eu gosto’”, relembra. “’Falso amor’ não é muito o horizonte do hip-hop, mas o remix veio para enriquecer o repertório”.
Dentre as composições inéditas presentes no novo trabalho, Simoninha contou com as parcerias de Mu Chebabi (‘Quebra’ e ‘Nós dois’), Edu Krieger (‘Morena rara’), Carlos Rennó (‘Paixão (Meu time)’), Bernardo Vilhena (“Pois é, poeira”), João Marcello Bôscoli e Marcelo Lima (‘Quando’).
Na produção de Alta Fidelidade – além do próprio músico –, os amigos e veteranos Bruno Bonna e Alex Moreira contribuem com suas experiências em algumas faixas.
“Eu não queria um disco produzido só por mim ou pelo Max (de Castro), afinal, a gente está na estrada há muito tempo com o Baile do Simonal. Foi quando lembrei do Alex Moreira, porque fizemos vários trabalhos com o Bossacucanova”, conta. Bona chegou pela mesma via. “O Bruno foi meu parceiro há vinte anos, é um cara muito talentoso e tem uma produtora em São Paulo chamada Sound Design”.
Nos planos deste ano, Wilson Simoninha observa que é um bom momento na sua vida para lançar um DVD de carreira, projeto que promete ser amadurecido no segundo semestre, além de fazer uma turnê com o lançamento. “É importante passar por aí”, afirma. “A Paraíba tem uma cultura interessante”.
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