Spielberg tem dois filmes indicados a prêmio

Nesta semana saiu os indicados ao prêmio concedido pelos produtores norte-americanos (PGA). Entre eles estão dois filmes de Steven Spielberg, bem dessemelhantes: a animação baseada na obra do belga Hergé (1907-1983), As Aventuras de Tintin - O Segredo do Licorne (esteia nacional no próximo dia 20), e o drama histórico Cavalo de Guerra (War Horse, EUA, 2011), que entra em cartaz nesta sexta-feira, em João Pessoa.

“Tudo que sei é que reajo às histórias que me movem, e Cavalo de Guerra me faz chorar e Tintim me deixa sem fôlego e me faz rir”, define o diretor em uma entrevista à Reuters.

O filme que estreia hoje foi baseado no livro homônimo, de Michael Morpurgo, lançado em 1982 que, posteriormente, se transformou em uma peça da Broadway. Foi a adaptação onde Spielberg viu – e se apaixonou – pela primeira vez. “Na minha cabeça, aquela era uma história muito sincera”, afirma. “Eu a vi como um filme para famílias. A jornada de um jovem e de um cavalo que outrora eram muito próximos e cujos destinos os levam a se separar.”

O cenário da história é a Primeira Guerra Mundial, época 'ofuscada' pela segunda, onde a maioria dos holofotes hollywoodianos se dirigem. Ted Narracot (Peter Mullan) é um camponês com problemas de saúde e de bebedeiras.

Sobrevive junto com a esposa Rose (Emily Watson) e o filho Albert (o estreante Jeremy Irvine) em uma fazenda alugada, propriedade de um milionário inescrupuloso (David Tewlis).

Cansado da arrogância do senhorio, decide confrontá-lo em um leilão, comprando um cavalo arisco, inadequado para os serviços de aragem. Batizado de Joey por Albert, o cavalo é treinado e desenvolve uma conexão com o jovem, mas, quando a guerra chega, a cavalaria britânica o leva embora sem que o garoto possa acompanhá-lo, já que é muito jovem para se alistar. Nos campos de batalha, o equino passa por diversas situações de perigo e donos diferentes.

“Para mim, esta é uma história sobre crença, esperança e tenacidade – a tenacidade de um jovem e de seu cavalo, movidos pela devoção”, resume Spielberg, que ficou impressionado com a beleza das paisagens naturais inglesas de Dartmoor, onde muitas sequências presentes em Cavalo de Guerra foram filmadas. “Eu não cheguei nem perto de mostrar as oportunidades visuais que me foram oferecidas.”

Os conflitos bélicos não são novidades para o cineasta norte-americano, responsável por trazer para as telonas O Império do Sol (1987), A Lista de Schindler (1993), O Resgate do Soldado Ryan (1998) e até a refilmagem de A Guerra dos Mundos (2005).

Novidade aqui são os novos 'atores'. “Os cavalos foram uma experiência extraordinária para mim porque vários integrantes da minha família praticam hipismo. Eu fiquei realmente surpreso de como eles são expressivos e de quanto são capazes de mostrar o que estão sentindo.”

Entre os mais importantes prêmios pré-Oscar, Cavalo de Guerra está correndo por fora no Globo de Ouro, indicado nas categorias Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora, repetindo a velha parceria do diretor com o veterano John Williams.

ESQUILOS E REPÓRTER
Depois de dois finais de semana de pré-estreia, a terceira parte da franquia Alvin e Os Esquilos (Alvin and the Chipmunks: Chip-Wrecked, EUA, 2011) entra definitivamente no circuito paraibano.

Outra estreia é a comédia As Aventuras de Agamenon, o Repórter (Brasil, 2012), estrelando Marcelo Adnet, Luana Piovani e os 'Cacetas' Hubert e Marcelo Madureira. Na linha mockumentary (um 'falso documentário' seguindo o estilo Borat), o longa narra a cobertura jornalística do personagem em fatos marcantes da história do Brasil e do mundo.