CULTURA
Tecnologia a serviço do erudito
Para integrante do grupo, uso de novas tecnologias, como ferramenta de trabalho, contribui com o desenvolvimento dos músicos.
Publicado em 07/09/2012 às 6:00
Nicholas diz que o uso da tecnologia por parte do Borromeu é algo mais interno que externo (exceto, óbvio, pelo telão). “Nós podemos entender melhor a música se cada um de nos enxergamos todas as partes, a composição inteira. Isso não seria possível com a partitura de papel, mas os computadores oferecem uma solução verdadeira para essa mudança”, explica.
“Então, ao adotarmos esse método, nós fazemos todo o esforço para não estragar a experiência que o público está acostumado. Os MacBooks são muito silenciosos e elegantes e nós usamos eles no tradicional pedestal (de partitura)”.
A tecnologia também está presente no trabalho autoral do quarteto. “A capacidade de trabalhar peças inteiras tem um efeito profundo na qualidade do nosso trabalho”, diz. “E se mais músicos clássicos abraçarem a forma como o computador nos permite usar a partitura de maneira completa, é impossível que isso não nos faça músicos melhores”.
“Executar um conjunto de peças de memória, olhando para o vazio, pode ser muito estimulante e libertador”, prossegue.
“Executar uma única linha onde você só enxerga suas notas é um meio-caminho entre a memória e a leitura da partitura. Na aprendizagem, cada ferramenta deve ser usada, incluindo essas experiências. Mas eu acho que em termos de aprendizagem, um grande passo é dado quando todos os envolvidos podem discutir a música, vendo todas as partes dela – o conjunto da obra. A habilidade de conectar o manuscrito de cada compositor também é um enorme benefício”.
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