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CULTURA

The dark side of Xisto Medeiros

Black Xistus já está à venda em João Pessoa nas bancas Viña del Mar e nas lojas Música.com e Música Urbana.

Publicado em 03/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:47

"Black Xistus, man... Tu já viu um solo de Paul McCartney?", exorta o baixista Xisto Medeiros antes de começar a levada funkeada do hit que dá nome ao seu segundo disco. Black Xistus (Chita Discos, R$ 20,00) já está à venda em João Pessoa (nas bancas Viña del Mar e nas lojas Música.com e Música Urbana) e será lançado oficialmente em show no próximo dia 23, no estacionamento do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde Xisto é professor.

"Black Xistus é esse 'negão' que surfa em cima do metrô, entre os fios de alta tensão, e anda pela rua, entre as pichações dos muros", brinca Xisto Medeiros, explicando o conceito do álbum que sucede Prana (2010), trabalho que inaugurou a discografia solo do primeiro contrabaixo da Orquestra Sinfônica da Paraíba (OSPB), solista do Quinteto da Paraíba e integrante do sazonal Trio Medeiros.

A nova incursão pelo universo popular vem recheado de participações especiais: entre elas Lenine, Zeca Baleiro, Chico César e Totonho. Xisto empunha o baixo e volta a testar o alcance de outros instrumentos: sua voz e a caneta, dividindo a autoria das canções com o maestro Adail Fernandes (com quem também compartilhou a direção artística do projeto) e os letristas Astier Basílio e Acilino Madeira.

"Lúcio Lins foi o grande cara com quem aprendi a fazer música com letra", diz Xisto, lembrando do poeta morto em 2005, figura onipresente em Prana. "Quando ele morreu, eu fiquei meio órfão e ganhar esses novos parceiros foi bacana pra caramba. Astier tem toda uma forma de entender e subdividir a música e Acilino também é outro que tem uma linguagem muito própria e topou caminhar comigo nessa busca pela canção."

'EFEITO BUMERANGUE'

Lenine participa de duas faixas: 'Flores' e 'Flores opus II', que encerra o repertório, resultado do que Xisto chama, roubando as palavras do pernambucano, de um 'efeito bumerangue' que começou quando os dois se conheceram em 1998, dando início a uma relação de colaboração artística que culminou na participação do Quinteto da Paraíba na trilha sonora do espetáculo Triz, do Grupo Corpo, feita por Lenine no início deste ano.

"Deixei um recado para Lenine e ele me ligou às 10h do outro dia, pedindo que eu mandasse os arranjos do maestro Adail pra ele ouvir, daquele jeito dele de falar: 'Manda, Joinha ('Joinha' é o apelido que Lenine colocou em Xisto), que eu caio dentro'. Aí quando foi às 14h ele me ligou de novo e quando eu perguntei se ele queria me matar do coração, ele veio me falar do tal 'efeito bumerangue': 'Você não me chamou pra participar de um lance teu, Joinha? Agora sou eu que vou te convidar pra participar de um lance meu'."

Além de se enturmar com os veteranos, como Chico César (parceiro antigo, com quem o Quinteto da Paraíba gravou De Uns Tempos Pra Cá, produzido por Lenine em 2005), Xisto também se acompanha de revelações da música paraibana como Lucy Alves e Clã Brasil e a intérprete Rinah.

As meninas do Clã abrilhantam a bem-humorada 'No meu chevette, não!', forró que narra a história de um 'cabra da peste' de Campina Grande dono de um chevette movido ao motor de uma sanfona de oito baixos. Rinah mostra o seu timbre na lírica 'Minguante seja', que reuniu em torno da cantora os músicos Helinho Medeiros, Alex Madureira, Victorama e Juan Medeiros, filho de Xisto, que herdou o talento do pai para as cordas e toca violão.

"Estas duas músicas fazem parte de uma tríade junto com 'FMC' e já as tenho desde 2011", explica Xisto, que não contou com o apoio do Fundo Municipal de Cultura (FMC) mas registrou sua homenagem em uma letra que se completa com as incidentais 'Ninguém faz ideia', de Lenine e Ivan Santos, e 'Fotografia 3x4', de Belchior.

Gravado no estúdio PeixeBoi, em João Pessoa, e mixado por Marcelo Macedo em São Paulo, Black Xistus teve a preocupação, segundo o artista, de refletir uma ideia de coesão: "Eu fiz questão de dar este sentido de 'liga' no disco como um todo, construindo as músicas com este propósito", explica. "Pelo tamanho do estúdio, não dava pra botar todo mundo de uma vez, mas colocamos sempre o máximo de músicos possíveis de uma vez, dentro da limitação do espaço, valorizando a experiência de captação e a coisa de tocar junto."

Para ele, o trabalho mais difícil foi equilibrar a grandeza de alguns arranjos (em um, há nada menos que vinte músicos tocando) com outros mais intimistas: "Tive que ter cuidado ao encadear uma coisa com a outra", admite. "O disco tem essa dimensão de peso. Coisa de 'negão' mesmo", sintetiza, bastante à vontade, em seu momento mais black.

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Jornal da Paraíba

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