CULTURA
Thomaz Viana lança livro de contos na capital
Escritor Thomaz Viana assina nesta quarta-feira (21) seu livro 'Cenas do Rio Cenas do Brasil'; evento acontece no Zarinha Centro de Cultura.
Publicado em 21/11/2012 às 6:00
Leitor assíduo dos russos, Thomaz Viana tomou para si, como ficcionista, a lendária frase de Tolstói: "Canta tua aldeia que serás universal".
O carioca, que escreveu Cenas do Rio Cenas do Brasil (Grafset, 148 páginas, R$ 30,00) em João Pessoa, distante mais de dois mil quilômetros da terra natal, assina nesta quarta-feira, às 19h, no Zarinha Centro de Cultura, uma obra que, em suas palavras, reúne "histórias do Rio de Janeiro, mas que poderiam acontecer em qualquer lugar do mundo".
"Nossa memória afetiva é marcada por coisas que aconteceram na infância e na adolescência", afirma o autor, que passou quase todo este período no Rio, tendo morado apenas 2 anos na Paraíba. "Morei aqui, mas observei as coisas mais de perto por lá. Escrevi o livro com a mente voltada para o Rio, para os problemas de lá".
Segundo Thomaz Viana, a capital carioca tem uma "aura trágica" à qual sua ótica de escritor tentou dar tons cômicos nos 15 contos que ganharam ilustrações de Flávio Tavares: "Flávio é o 'czar' da pintura paraibana", diz o jovem, citando mais uma vez os russos. "Como ilustrador, ele não tinha feito ainda nenhum trabalho tendo o Rio de Janeiro como tema. Foi uma experiência pela qual serei eternamente grato", diz ele.
"Ele é, de fato, o meu primeiro carioca", confirma Flávio Tavares, entre risos. "Mas já ilustrei Zé Lins e Graciliano, que são cariocas no sentido editorial. Em termos de literatura, eu já tenho uma certa vivência como ilustrador. Eu me considero um ilustrador que também é pintor e desenhista", reforça o artista plástico.
PAIXÃO
Antes de incursionar-se pela escrita, Thomaz Viana ingressou nas faculdades de Direito e Filosofia. Passou 2 anos em cada uma delas, mas abandonou as duas inspirado por uma frase de London: "Como diria ele, 'a vida acadêmica é uma busca sem paixão por um conhecimento desapaixonado'. Eu sempre estive longe disso, queria descobrir novos caminhos fora da faculdade.
Minha grande paixão é a literatura, ela sempre me acompanhou", afirma.
Paralelamente ao livro de contos, que escreveu em um mês, Thomaz Viana conduz um romance que já escreve em outro ciclo de sua vida que, novamente, dura dois anos: "O romance é bem diferente dos contos, sendo narrado em primeira pessoa retratando minhas experiências pessoais", descreve. "Escrever em primeira pessoa é uma catarse, uma purificação", conclui Viana, que pretende lançar Cenas do Rio Cenas do Brasil também no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa.
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