Tina Turner morre aos 83 anos

Ícone da música mundial, a cantora Tina Turner morreu aos 83 anos de idade nesta quarta-feira (24), conforme foi confirmado pela equipe que assessorava a carreira da estrela no perfil oficial no Instagram. A causa da morte não foi divulgada até o momento. 

“Com a sua música e a sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhares de fãs em todo o mundo e inspirou as estrelas do amanhã. Hoje nos despedimos de uma amiga querida, que nos deixou seu maior trabalho: a sua música”, escreveram em sua conta oficial no Instagram.

Carreira marcante

Tina Turner fez história no universo da música. A artista, que é considerada a ‘Rainha do Rock internacional’  venceu 12 Grammys, prêmio máximo da categoria, além de já ter vendido 200 milhões de discos desde o início da carreira como cantora. 

Entre as músicas de sucesso da Rainha do Rock, estão Private Dancer, We Don't Need Another Hero, Typical Male, The Best, I Don't Wanna Fight e Golden Eye. Além disso, a cantora também marcou um estilo único na música pela forma de se vestir e expressar artisticamente em seus próprios shows. 

No Brasil, Tina Turner também marcou presença nos palcos. Foi no ano de 1988, quando lotou o antigo estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. À época, esse show entrou para o livro dos recordes, como o maior público na história de um show de um artista solo. 

Infância difícil

Tina Turner é apenas o nome artístico de Anna Mae Bullock, que nasceu em uma família pobre do estado do Tennessee, nos Estados Unidos, no século passado. Aos 15 anos de idade, foi abandonada pelos próprios pais e cantou em boates para poder se sustentar economicamente. 

Em uma dessas apresentações para garantir o próprio sustento, Tina conheceu Ike Turner, que viria a ser seu marido anos depois. Ele tocava na banda The Kings of Rhythm. Algum tempo depois passou a integrar o quadro do grupo, se tornando backing vocal e uma das principais vozes da banda. Durante os anos 1960 e 1970, ao lado do marido, Tina Turner fez grande sucesso na música soul norte-americana. 

No entanto, na vida pessoal o casamento foi alvo de manchetes dos principais jornais da época devido a vários escândalos e brigas envolvendo o casal. Ike Turner era dependente do consumo de álcool e também de drogas, além de já ter agredido Tina fisicamente. 

Depois de 18 anos casada com Ike Turner, a Rainha do Rock pediu separação. No processo judicial que se estendeu, perdeu grande parte do patrimônio e também fez questão de manter o sobrenome do marido, Turner, após o processo. 

Recomeçando do zero após toda turbulência que havia sido a separação, Tina Turner mudou de gênero musical, passando a atuar no rock, quando adotou também um outro estilo de se portar nos palcos e também na forma de se vestir. Artistas como Mick Jagger foram influenciados pela nova fase da cantora, que decolou e se tornou a Rainha do Rock.

Mais recentemente, em 2008, a cantora fez apresentação histórica na festa de 50 anos do Grammy. Cantou seus grandes sucessos e também fez dueto com a cantora Beyoncé. Aos 73 anos, quebrou outra marca, se tornando a mulher mais velha a estampar a capa da revista 'Vogue'. Em 2021, recontou a própria vida em documentário disponível na HBO.

Estrela do cinema

O trabalho de Tina Turner não ficou restrito ao mundo da música, alcançou também o cinema. A artista foi estrela da primeira versão do filme Mad Max - Além da cúpula do trovão, em 1985. 

Além disso, também foi responsável por várias trilhas sonoras marcantes em megaproduções do cinema mundial. A cantora gravou a trilha de muitas outras produções, incluindo ‘007 contra Golden Eye’.

* Com informações da Agência Brasil e g1