Tono e Nação Zumbi comandam 'No Ar: Indie Sessions' em João Pessoa

"Temos pai pernambucano, temos pai baiano e temos o paraibano Jackson do Pandeiro como uma de nossas influências", escreveu a banda carioca Tono em sua página, no Facebook. Para ilustrar, uma foto em que os três CDs da banda se posicionam sobre o LP Sua Majestade - o Rei do Ritmo, lançado por Jackson em 1960.

"Esse LP é da minha coleção", avisa Bem Gil, guitarrista do quarteto que se apresenta pela primeira vez em João Pessoa nesta sexta-feira, como um dos destaques da programação do No Ar: Indie Sessions, festival com cinco boas atrações que movimenta o Centro Cultural Piollin, no Róger, logo mais, a partir das 21h.

O Rei do Ritmo se une à tropicália (que teve entre seus mestres o pai de Bem, Gilberto Gil) e nomes que orbitaram em torno do movimento, como Jards Macalé e Jorge Mautner, assim como Itamar Assumpção, jazz e world music na sonoridade diversificada do grupo carioca, formado em 2008.
Com três discos na bagagem, Auge (2009), Tono (2010) e Aquário (2013), Bem revela que o grupo apresenta, por aqui, um apanhado geral da carreira, sem deixar de lado hits como ‘Samba do Blackberry’, regravada por Ney Matogrosso.

A Tono também vai mostrar faixas dos trabalhos solos de três, dos quatro integrantes da banda: ‘Mãeana’, composição de Rubinho Jacobina que dá nome ao recém lançado disco da vocalista Ana Claudia Lomelino; ‘Olhos apontam’, de Pirâmide, que o baterista, vocalista e o autor majoritário do repertório da banda, Rafael Rocha, lança em novembro e, talvez, ‘A morena’, faixa de Meia Banda, álbum que une o contrabaixista Bruno Di Lullo com Domênico Lancelotti.

“A Tono não lançou disco este ano, justamente porque haveria esses três projetos paralelos. Mas a gente se prepara para lançar um novo álbum no ano que vem”, anuncia Bem Gil, acrescentando que os trabalhos solos trazem o DNA do Tono, já que são feitos em um processo colaborativo, com os integrantes atuando nos discos dos parceiros.

'RISOFLORA'

A Tono divide os holofotes do festival com a pernambucana Nação Zumbi e os locais Chico Correa & Electronic Band, A Troça Harmônica e Lucas Dourado, integrante d’A Troça, aqui apresentando seu trabalho solo.

A Nação volta com um repertório "aditivado", como sublinha o vocalista Jorge DuPeixe, por telefone. "A gente leva praí o show que a gente fez em Nova York", avisa.

Gravado para o documentário sobre o saudoso líder Chico Science (1966-2007), que sai no ano que vem, o show recupera clássicos do fundo do baú, como 'Risoflora' e 'Infeste', em meio a faixas do mais recente trabalho, Nação Zumbi (2014), além de algumas surpresas.

Confira os horários dos shows:

Palco Piollin:
Lucas Dourado - 21h
ChicoCorrea & EB - 21h40
Nação Zumbi - 00h

Palco Teatro:
A Troça Harmônica - 21h40
Tono - 23h