CULTURA
Totonho saudado 'dentro de casa'
Músico paraibano é homegeado pela Mostra Sesc de Música Paraibana.
Publicado em 06/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 17/04/2023 às 16:07
"Bom mesmo é o cara ser reconhecido vivo e dentro de casa. Não adiantaria nada eu ter me apresentado em 21 países se o povo de casa dissesse que eu não presto", declara um bem humorado Totonho sobre a homenagem que a Mostra Sesc de Música Paraibana faz a sua carreira a partir de amanhã, em João Pessoa.
O evento ocorre até a quarta-feira, sempre a partir das 19h, no Teatro Ednaldo do Egypto, com apresentações dos 18 intérpretes e compositores cujas canções vão integrar o repertório de um CD que será gravado em estúdio e patrocinado pelo Sesc. No encerramento, Totonho faz um 'pocket show' apresentando músicas inéditas.
"Esta homenagem não é a mim, mas a um substrato que eu represento. Uma geração formada por Pedro Osmar, Paulo Ró, Adeildo Vieira, Milton Dornellas, pessoas que são meus parceiros e com quem eu discuti os caminhos da minha produção. Descontextualizado desses nomes, minha obra não teria saído", reconhece um artista com mais de 400 composições e um total de 67 músicas gravadas.
"A minha cabeça tem duas caixas: a caixa de besteira e a caixa de gordura", brinca Totonho, tentando explicar de onde vem tanta criatividade. "A caixa de besteira se enche e transborda na caixa de gordura. É muita onda. Chega uma hora que dá certo."
Aguardando ainda a resolução dos imbróglios entre a Trama e a Sony para o lançamento do disco Canções para Macho Chorar e Roer as Unhas, Totonho, devagarinho, vai preparando um novo trabalho com Paulinho Sete Cordas: Os Sambas que Cartola Não Quis Fazer. O artista quer lançar as faixas na web depois de prontas.
"Ninguém quer saber mais de álbum, só da próxima música.
Lançar disco é um trabalho complicadíssimo e eu já pensei seriamente em botar o meu em um pendrive dentro de uma garrafa e jogar ao mar", diverte-se, sem perder a oportunidade de dar uma estocada: "Oportunidade vem de 'oportunis' que é 'coragem de deixar o porto seguro'. Os artistas paraibanos não querem largar os seus empregos públicos para disputar o mercado. A minha ideia, agora, é me arriscar."
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