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CULTURA

Tragédia no Santa Roza

Atenção de dramaturgo se volta para uma tragédia que abalou o Teatro Santa Roza, no início do século passado.

Publicado em 14/11/2012 às 10:00


O dramaturgo Eliézer Rolim tem explorado, ao longo de seu percurso teatral recente, temas que não costumavam ser vistos nos palcos paraibanos: depois de escrever e dirigir Enquanto Nibiru Não Vem, peça da Companhia Secreta sobre um planeta que invadiria a órbita terrestre, Rolim volta sua atenção agora para uma tragédia que abalou o Teatro Santa Roza, em João Pessoa, no início do século passado.

Efemérico relembra a morte do artista sueco John Balabrega Miller (1857-1900), que perdeu a vida durante um ensaio, enquanto manuseava um projetor de querosene que explodiu aos olhos do público que acompanhava a apresentação. O espetáculo estreia hoje, no mesmo local do desastre, e fica em cartaz até domingo, sempre às 20h, com ingressos a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Segundo Eliézer Rolim, seu interesse por tais temas são fruto, na realidade, de uma tentativa de se desvencilhar do clichê regionalista: "Esta perspectiva é uma coisa muito minha. Eu tento fugir do regional, embora continue com um pé no local por se tratar de uma história verdadeira que se passou no Teatro Santa Roza", diz ele.

Rolim tomou conhecimento do fato, que está narrado no livro Santa Roza 120 Anos (Ideia, 2005), de Fátima Araújo, quando estava na França, cursando o doutorado, na mesma época em que escreveu Enquanto Nibiru Não Vem.

Como no caso do argumento apocalíptico do planeta que vai se chocar com a Terra (que baseou, posteriormente, o filme Melancolia, de Lars Von Trier), Eliézer Rolim foi eleito, mais uma vez, uma vítima fortuita das coincidências: Efemérico faz uma referência a São Jorge, cuja fé está sendo evocada na novela Salve Jorge, atualmente em exibição na Rede Globo.

"Na época em que escrevi o texto da peça estava muito frio na Europa e eu me trancava no apartamento para suar embalado por Jorge Ben Jor cantando 'Jorge da Capadócia'", explica. "São Jorge virou o meu santo, meu anjo da guarda, e resolvi representá-lo na figura de Jorge Nathan, o personagem central da trama que chega ao Santa Roza e começa a rever cenas que ele já montou lá dentro, estabelecendo um elo com a tragédia de John Bala brega Miller".

De acordo com o dramaturgo, a trama também abre os olhos dos espectadores para o sucateamento do Teatro Santa Roza que, nas palavras de Eliézer Rolim, "está se acabando": "Eu queria transmitir, com Efemérico, a sensação de algo interrompido, de algo que está prestes a se acabar", justifica.

Por ironia, o espetáculo iria estrear em plena programação de encerramento da Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo, no Teatro Santa Roza, mas a participação foi cancelada devido à incompatibilidades entre a agenda da Fundação Espaço Cultural (Funesc) e da Cia. Sírius.

Participam do elenco Edson Sousa, Érica Maria, Celsa Monteiro, Crizelide Barros, Dadá Venceslau, Guido Alexandre, Natalia Sá e Walmar Pessoa. É a 5ª peça de repertório da Cia. Sírius, que está comemorando 18 anos.

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Jornal da Paraíba

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