Tulipa Ruiz apresenta novo disco

Uma das atrações mais esperadas da programação do 13º Festival de Artes de Areia, Tulipa Ruiz se apresenta hoje, às 23h30, no palco principal do evento. O show, o segundo da turnê de Tudo Tanto, 2º CD da cantora, será aberto às 22h por Gustavo Magno.

Na entrevista a seguir, Tulipa fala da volta à Paraíba (ela esteve em João Pessoa no ano passado) e do processo que culminou com a produção do novo CD, que sucedeu o festejado Efêmera (2010).

Além dos shows de Tulipa Ruiz e Gustavo Magno, o Festival de Areia registra hoje uma bateria de oficinas em seus polos, performances de dança, recital de poesia, apresentações teatrais, mostra audiovisual, debates e lançamentos literários.

No coreto da Praça Pedro Américo, às 16h, a Paralelo Cia. de Dança experimenta mais uma vez com Pina, performance dedicada a Pina Bausch. Em seguida, às 19h30, a atriz Suzy Lopes promove uma edição excepcional do seu Café em Verso e Prosa, em homenagem a Augusto dos Anjos.

No Colégio Santa Rita, a agenda teatral oferece as encenações dos espetáculos Faz de Conta, do Grupo Graxa, às 14h, e Bruta Flor, do Grupo Lavoura, às 20h30.

O cinema ocupa o Teatro Minerva com uma mostra de curtas às 15h. A literatura será discutida na Câmara Municipal, a partir das 9h. A programação completa pode ser conferida no site.

Entrevista

JORNAL DA PARAÍBA - O público firmou uma relação bastante cúmplice com o seu trabalho. Qual a sensação de estar trazendo o repertório novo tão cedo pra cá?
Tulipa Ruiz - Quando tocamos em João Pessoa fomos muito bem recebidos. O público foi super receptivo e já conhecia o meu primeiro disco, o que me surpreendeu. Desta vez muita gente tem me escrito dizendo que vai ao festival e quer ouvir coisas do disco novo. Será o nosso segundo show de Tudo Tanto, as músicas estão fresquinhas e eu muito empolgada com este show.

- Você podia falar sobre as parcerias deste novo CD?
- Esse disco tem parceria com o Gustavo Ruiz, produtor deste disco e também do Efêmera e três parceiros novos, com o Ilhan Hersain, da banda americana Wax Poetic, com o Tomás Alves, da banda portuguesa Os Quais e o com o Criolo. O Gustavo é meu parceiro mais frequente, funcionamos bem fazendo música juntos, e os outros são parceiros novos, o que foi interessante porque me levou para lugares novos.

- Efêmera te lançou como grande promessa da MPB. Como você lidou com essa 'responsabilidade' ao se lançar novamente em estúdio?
- Procurei não pensar nisso durante o processo de criação do meu disco. Eu tinha o objetivo de desfrutar deste processo, me propus a pensar só em coisas boas. Deu certo, consegui fazer um disco com mais liberdade e com menos cobranças e expectativas. É mais saudável assim.

- Ele tem uma pegada bem tropicalista. No ano em que Caetano e Gil comemoram 70 anos, como é sua relação com o movimento?
- Cresci ouvindo e ouço até hoje. Os discos desta época não expiram e eu gosto deste frescor, me inspira. Mas no caso de Tudo Tanto foquei menos nas minhas referências musicais e mais na minha experiência com a música na estrada, nos meus shows. Aprendi muita coisa pilotando um show.

- O que você prepara de novo, além das novas canções, para o show no Festival de Areia?
- Tocaremos músicas de Tudo Tanto, será o segundo show desta nova turnê, como disse, e também músicas do Efêmera. Quais? Surpresa, claro.