CULTURA
Um cordel para relembrar
Cordelista potiguar Marciano Medeiros lança nesta sexta-feira (23) em João Pessoa, o folheto 'A Trajetória Poética de Ronaldo Cunha Lima'.
Publicado em 23/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:20
Relembrando um ano da morte de Ronaldo Cunha Lima (1936-2012), data que se completou no mês passado, o cordelista potiguar Marciano Medeiros lança hoje, em João Pessoa, o folheto A Trajetória Poética de Ronaldo Cunha Lima.
O lançamento será às 16h, no Espaço Cultural José Lins do Rego (Tambauzinho). Medeiros está na Paraíba desde ontem, quando apresentou o cordel em Campina Grande, local onde o poeta paraibano consolidou a sua carreira política.
Considerado 'o poeta das biografias', Marciano Medeiros é membro da Academia Norte-Riograndense de Literatura de Cordel e já biografou em versos artistas como Rita de Cássia, Os Nonatos e Luiz Gonzaga (1912-1989).
Vida e Morte de Lampião, seu mais famoso trabalho, narra as últimas 24 horas do cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva (1898-1938) e já está em sua terceira tiragem. Seu romance sobre Lampião será publicado pela Editora Luzeiro, selo paulista que possui a maior coleção de títulos de cordel no Brasil.
DE OUVIDO
Medeiros afirma que aprendeu o ofício da poesia de forma autodidata, e que começou a escrever sem as noções básicas sobre rima, métrica e oração. Conheceu estes princípios por intermédio do cordelista baiano Varneci Nascimento, com quem até hoje mantém correspondência por e-mail.
Seu primeiro cordel biográfico foi sobre o primo Helânio Moreira, que é repentista. O repente também colaborou para o desenvolvimento da sua aptidão para o verso: ele ouvia as improvisações feitas ao som da viola e tentava reproduzi-las no papel.
Em 2011, o autor foi um dos primeiros colocados em um concurso nacional de cordel promovido pelo Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo.
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