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CULTURA

Um livro cinematográfico

Lançado pelas Edições SM 'A Invenção de Hugo Cabret'  homenageia a sétima arte em livro infanto-juvenil.

Publicado em 10/04/2012 às 6:30


Primeiramente, dificilmente A Invenção de Hugo Cabret (Edições SM, 536 páginas, R$ 42,00) não pode ser classificada como uma história em quadrinhos. Ela pode até ser enquadrada em 'arte sequencial' pelas ilustrações que fazem o movimento cinematográfico (que tomam mais da metade da edição), mas a intenção é homenagear a Sétima Arte em um livro infanto-juvenil.

Recentemente, o norte-americano Brian Selznick viu sua obra transpor quase que literalmente para o mundo de 24 quadros por segundo através de Martin Scorsese, o que rendeu à produção homônima realizada em 3D cinco prêmios Oscar este ano.

Hugo Cabret é um garoto de 12 anos que se esconde entre os relógios de uma estação de trem na França da década de 1930.

Entre a manutenção dos marcadores de tempo – trabalho que caberia ao tio, seu atual tutor, caso estivesse sóbrio – Hugo tenta sobreviver furtando comida escondido do terrível inspetor e seu cão.

O garoto rouba peças e pequenos objetos de uma loja de brinquedos para tentar consertar um misterioso autômato encontrado pelo seu pai, um relojoeiro morto recentemente em um incêndio.

O autor interrompe a narrativa em forma de prosa para mover a história através das suas belas ilustrações. Os desenhos não têm a função de mostrar o que foi escrito, fazendo parte vital do desenvolvimento e ritmo do livro. O destaque deste uso são as sequências de perseguição. Uma delas, a vinda do trem, em várias páginas é 'animada' folheando rapidamente, fazendo alusão ao clássico A Chegada do Trem à Estação (1895), cena pioneira do cinema rodada pelos Irmão Lumière.

Para quem não leu ou assistiu Hugo Cabret, a reviravolta acontece com a descoberta da identidade do dono de uma loja de brinquedos, que ganha mais relevância não sendo revelado nesta resenha.

A homenagem não fica apenas restrita ao cinema. Para descobrir quem foi o senhor ranzinza, o menino recorre aos livros de uma enorme biblioteca.

Na época em que o calhamaço foi lançado no Brasil, há cinco anos, o preço estava abaixo de R$ 30,00. Além de encarecer por uma série de fatores (o papel é um dos principais 'vilões' da história), a edição da SM mantém a qualidade inferior do material de origem (lançado nos Estados Unidos em capa dura): um acabamento mais simples, com capa cartonada, sem orelhas e uma boa impressão.

Mesmo assim, A Invenção de Hugo Cabret vale a pena ser conferido pelos leitores de todas as idades, não só pela dinâmica narrativa, mas pelas suas homenagens.

Imagem

Jornal da Paraíba

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