CULTURA
Um músico de múltiplas sonoridades
ChicoCorrea & Electronic Band se prepara para lançar seu segundo álbum oficial; novo trabalho está em fase de pré produção.
Publicado em 10/03/2013 às 6:00
Nascido em Aracaju (SE), Esmeraldo Marques se mudou para João Pessoa em 1995, quando veio estudar Arquitetura na UFPB. Mas se a universidade não formou um arquiteto (ele abandonou o curso), a Paraíba ganhou um de seus músicos mais criativos e produtivos.
Em 1998, Esmeraldo começou a produzir experimentações sonoras envolvendo música eletrônica e ritmos regionais e adotou o codinome Chico Corrêa – uma brincadeira com o famoso jazzístia Chick Corea. A partir de 2002, se associou à Electronic Band.
Mais de dez anos depois, a ChicoCorrea & Electronic Band (mais tarde grafaria o Chico e o Correa juntos) é uma das bandas paraibanas mais prestigiadas no exterior, com shows na Europa, África, Ásia e Oceania, e participações em dezenas de projetos de intercâmbio.
Hoje, praticamente um coletivo, com músicos que atuam em vários projetos ao mesmo tempo (veja infográfico abaixo), a ChicoCorrea & Electronic Band se prepara para lançar, enfim, seu segundo álbum oficial.
“O disco está em pré-produção”, confirma Esmeraldo/ChicoCorrea, em um bate-papo com a reportagem. “A gente vai incluir umas músicas que a gente tem tocado nos show, mas que ainda não têm nome, e também composições como ‘Coco de fada’, um arrasta-pé free-jazz”, revela.
Além do novo disco da CCEB, Esmeraldo produz outros dois trabalhos: seu primeiro álbum solo e um álbum do coletivo Parahyba Arte Ensemble, que tem patrocínio do Fundo Municipal de Cultura (FMC).
Assinando Esmeraldo Marques, seu CD solo está sendo feito no estúdio que o músico tem em casa, nas horas vagas. “São músicas feitas de madrugada”, comenta. “É um disco experimental, voltado à música eletroacústica, ruído, música ambiente. Deverá sair com 11 faixas, das quais oito já estão prontas”.
O disco do Parahyba Arte Ensemble está sendo feito no Mutuca, o estúdio do grupo Burro Morto, no Centro de João Pessoa. “É um disco trabalhado a partir da improvisação”, conta Esmeraldo, que já gravou músicos tarimbados que moram na Paraíba, como o francês Didier Guigue e o belga Henry Krutzen, além do trompetista Burgo Hipólito e do contrabaixista Mateus Alves.
Comentários