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CULTURA

Um novo cine-legado

Desde que tropas americanas ocuparam o Iraque a temática inspira Hollywood, porém a tradição bem anterior a 2003.

Publicado em 20/12/2011 às 6:30


Hollywood tem uma tradição de absorver os conflitos bélicos protagonizados pelas tropas norte-americanas ao redor do mundo. Seja as Guerras Mundiais, a Guerra do Vietnã, do Golfo e, mais recentemente, a ocupação do Iraque pelos Estados Unidos e seus aliados, a partir de março de 2003.

No início deste mês, durante a visita do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki à Casa Branca, o presidente estadunidense Barack Obama anunciou o fim da ocupação, com a retirada do seu último contingente militar no país do Oriente Médio. Além dos mais de US$ 3 bilhões gastos, cerca de 4,5 mil soldados mortos e outros 30 mil feridos, dezenas de filmes sobre o tema estamparam cartazes dos cinemas em quase nove anos de conflito (veja os principais no box abaixo).

No começo dos anos 1990, a meca hollywoodiana já tinha colocado o Iraque em evidência através da Guerra do Golfo em filmes como Três Reis (1999), de David O. Russell, e Soldado Anônimo (2005), de Sam Mendes.

Uma das produções que ganhou grande destaque neste período foi Guerra ao Terror, dirigido pela Kathryn Bigelow e escrito por Mark Boal, ex-correspondente na Guerra do Iraque. O longa derrotou o milionário e high-tech Avatar, de James Cameron, na queda de braço pelo Oscar 2010. Foram seis estatuetas douradas para o filme sobre o cotidiano de soldados frente aos atentados com explosivos improvisados de insurgentes. Além de vencer como Melhor Filme, Guerra ao Terror levou para casa os prêmios nas categorias direção, roteiro original, edição, mixagem de som e edição sonora.

Menos badalado, mas igualmente importante é o posterior Zona Verde (2010), de Paul Greengrass, sobre uma equipe designada a achar as supostas armas de destruição em massa que o ditador Saddam Hussein ocultava. Ao invés dos agentes químicos letais, um subtenente do exército norte-americano (Matt Damon) descobre a farsa montada pelo seu governo e começa a investigar os serviços secreto e de inteligência para encontrar as respostas.

Os bastidores também serviram para ocupar os rolos de filmes de cinebiografias. Depois de exorcizar seus próprios demônios do Vietnã (Platoon, Nascido em 4 de Julho e Entre o Céu e a Terra), e escavucar o caso Kennedy (JFK - A pergunta que não quer calar) e o Watergate (Nixon), Oliver Stone mostra a vida do 43º presidente dos Estados Unidos em W. O polêmico diretor foca na agitada vida de George Bush (Josh Brolin), principalmente os críticos dias que o conduziram à decisão de invadir o Iraque.

No mesmo ano do premiado Guerra ao Terror, O Mensageiro, dirigido pelo estreante Oren Moverman, joga luz no setor do exército estadunidense encarregado de dar as notícias de morte de algum de seus integrantes às famílias.

Outro filme de bastidor é o recente Jogo de Poder (2010), de Doug Liman, onde a identidade secreta de uma agente da CIA (Naomi Watts) é revelada por oficiais da Casa Branca após seu marido (Sean Penn) ter escrito no The New York Times que a acusação do governo Bush de que o Iraque possuía armas de destruição em massa era uma mera desculpa para a invasão.

'OFF-HOLLYWOOD'
Não só Hollywood fez suas produções baseado na invasão norte-americana. Operação Iraque Livre (2007) mostra os soldados britânicos que cometeram atos brutais e suas consequências.

A invasão pode ir além das fronteiras dos países em foco: a produção oriunda da Turquia Vale dos Lobos (2006) dramatiza em cima da expulsão de uma guarnição de soldados turcos, até então aliados dos Estados Unidos, por soldados estadunidenses. Humilhados, eles foram deportados para o seu país usando capuzes. Chamado de Dia do Capuz, o acontecimento trouxe vergonha nacional para o exército turco.

Entre os documentários, o destaque é Procedimento Operacional Padrão (2008), dirigido por Errol Morris. O filme revela as fotos tiradas pelos soldados norte-americanos sobre os maus-tratos dos encarcerados na prisão de Abu Ghraib.

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Jornal da Paraíba

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