CULTURA
Um olhar sobre Campina
Escritor Ailton Elisiário de Sousa lança nesta quarta-feira (19) no Salão Nobre da Câmara de Vereadores o livro 'Reminiscências Campinenses'.
Publicado em 19/12/2012 às 6:00
“A dinâmica e os ares de Campina Grande encantam a todos que chegam nessa terra”. A frase do escritor Ailton Elisiário de Sousa demonstra todo seu amor pela cidade, traduzido no livro Reminiscências Campinenses (Crônicas) (Latus/UEPB, 225 págs., preço não informado) que será lançado às 19h de hoje, no Salão Nobre da Câmara de Vereadores.
Na mesma ocasião, Elisiário receberá o título de cidadão campinense mediante propositura do vereador Fernando Carvalho, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao município ao longo de mais de cinco décadas.
Filho natural de Surubim (PE), há 53 anos Ailton chegava para morar em Campina Grande e hoje lança um livro que mostra um pouco do que ele observou durante esse período através de uma coletânea de 50 crônicas publicadas no período de 1996 a 2010 no JORNAL DA PARAÍBA.
Sempre atento aos fatos que marcaram a história e o cotidiano da cidade, o livro relembra os problemas, as festas, as instituições e as personalidades que se destacaram nas últimas décadas.
“Desde que cheguei para morar em Campina Grande em 1959, passei a observar que a cidade tinha ares diferentes e ao longo de todo esse tempo passei a registrar essas peculiaridades”, conta o escritor.
Ele faz questão de destacar que, no livro, lembra com saudade das antigas instituições da cidade, como a Celb, a Furne e o Banco Industrial, além das festas tradicionais como o Maior São João do Mundo, Micarande e os antigos carnavais que eram realizados na rua Maciel Pinheiro com confetes, serpentinas e frevo. “Cada crônica representa um ano de minha vida em Campina Grande e cuida cada uma delas de um tema campinense ou relacionado a esta cidade que, de braços abertos, me acolheu”, acrescenta.
Recordações
A primeira crônica do livro que deu nome à obra, publicada no dia 12 de outubro de 2004 no JP, faz uma homenagem aos 140 anos de Campina Grande e resgatou a fundação da cidade e seu esteio de grandeza econômica, ao mesmo tempo em que resgata a juventude vivida na cidade na época dos grandes bailes nos clubes campinenses.
“Nos dias de hoje guardo na memória a Campina Grande do passado, mas resolvida no seu futuro de cidade líder que nunca perdeu tal posição”, escreveu Ailton.
O autor agradeceu ao JORNAL DA PARAÍBA, que durante 15 anos propiciou espaço para ele externar os seus deleites literários e preocupações sociais, escrevendo livremente em suas páginas.
Filho de pais paraibanos, Ailton chegou a Campina Grande no ano de 1959 e na cidade concluiu o curso Científico e depois cursou Economia (antiga UFPB), Direito (antiga Furne) e Teologia (Universidade Católica de Campina Grande).
Durante cinco décadas, trabalhou em bancos, foi professor em escolas e nas universidades da cidade. Ele também foi secretário municipal e dirigente de órgãos de instituições públicas e privadas.
Atualmente é presidente da Academia de Letras de Campina Grande, onde ocupou a cadeira do economista Edvaldo do Ó.
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