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CULTURA

Um palmo de teatro

Grupo Sobrevento comemora 25 anos com apresentações do espetáculo 'São Manuel Bueno, Mártir' no Teatro do Sesi em João Pessoa.

Publicado em 27/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59


Cerca de 50 bonecos de um palmo de altura contracenam com os seis atores e músicos do Grupo Sobrevento no espetáculo São Manuel Bueno, Mártir. A peça, que comemorou os 25 anos do grupo, um dos expoentes do teatro de animação no Brasil, estreia em João Pessoa com apresentações gratuitas hoje e amanhã, às 19h, no Teatro do Sesi (Centro).

"Trabalhamos com esta linguagem desde 1986 e, neste espetáculo, fizemos um teatro de animação pouco ortodoxo, que cria uma intimidade poderosa com o público", assume o diretor e intérprete Luiz André Cherubini, que também estará no Teatro do Sesi ministrando a oficina 'Teatro de objetos e identidade', hoje e amanhã, das 14h às 17h.

Sem recorrer a projetores e telas para mostrar o tabuleiro circular onde a ação da peça se desenvolve, o Sobrevento aposta na atenção do público para que se crie um vínculo com os personagens da história, adaptada por Cherubini e Sandra Vargas do texto do filósofo espanhol Miguel de Unamuno (1864-1936).

"Como os bonecos são pequenos, a atenção do público fica muito fechada neles, o que causa uma comoção muito grande", explica o diretor, que assegurou que a estrutura montada este fim de semana no Teatro do Sesi reproduz fielmente as condições de que o grupo dispõe em sua sede, o Espaço Sobrevento, em São Paulo.

JOGO DE XADREZ
Os bonecos, talhados em madeira, foram confeccionados pelo escultor Mandi, que deu a eles um aspecto de peças de xadrez que vão do figurativo ao abstrato, conforme sua utilização no decorrer do espetáculo.

Para dar o aspecto arenoso ao tabuleiro circular e conferir maior plasticidade ao movimento dos bonecos, a produção utilizou um produto agrícola especial, aplicado no tratamento da terra: a verniculita.

A 'Árvore da Fé', uma instalação que o grupo concebeu para abrigar os desejos do público, escritos em papeizinhos coloridos que serão pendurado nos galhos, estará erguida no hall do teatro.

"Em nossa estreia, em São Paulo, eu mesmo escrevi no papel que queria viajar com esta peça para João Pessoa, sonho que acabou se realizando", lembra Cherubini, que afirma que a Paraíba era um dos três estados brasileiros que o Sobrevento ainda não tinha visitado ao longo de suas turnês.

"Já fomos até ao Irã. Não era de se acreditar que ainda não tívessemos vindo à Paraíba, um lugar onde temos tantos amigos", cita o diretor, que conheceu a obra de Unamuno em uma temporada pelas províncias da Espanha.

Na encenação, Dom Manuel (Maurício Santana) é um padre que começa a questionar a existência de Deus e a vida após a morte. Para Cherubini, esta dúvida vai além: "A fé de que Unamuno fala não é a fé da religião, mas da crença no ser humano, da luta contra o cinismo. O teatro de bonecos só acontece para quem tem essa fé. É como a poesia: você pode olhar e enxergar apenas palavras".

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Jornal da Paraíba

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