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CULTURA

Um papo com Devendra

Em conversa com o JORNAL DA PARAÍBA  cantor e compositor Devendra Banhart falou sobre seu novo álbum 'Mala' que chega ao Brasil em abril.

Publicado em 26/03/2013 às 6:00


Cultuado em todo o mundo, o cantor e compositor norte-americano Devendra Banhart mantém laços estreitos com a música brasileira. Fã de Caetano Veloso, dos Mutantes e do Secos e Molhados, ele absorve muito da nossa cultura em suas canções – em especial o Tropicalismo. Seu novo trabalho, Mala, acaba de sair no exterior e está agendado para chegar por aqui em abril, pela Warner Music.

De Nova York (EUA), onde mora, o JORNAL DA PARAÍBA bateu um papo rápido por telefone com o músico e também artista plástico – ele costuma desenhar as capas dos próprios discos, e em Mala não foi diferente.

“Mala tem vários significados, em várias línguas diferentes”, explica Devendra. “Na Alemanha Oriental, significava ‘mesa’; em gaélico quer dizer algo como ‘saco plástico’... tem significados em espanhol, em esperanto, em sérvio... é una palabra muito bonita... solamente a palavra, esteticamente”, diz, misturando inglês com espanhol (dos 2 aos 14 anos de idade, ele morou em Caracas, na Venezuela).

Ele segue, misturando palavras em inglês e português: "Eu acho que (a palavra 'Mala') funciona metaforicamente, semioticamente, simbolicamente, como uma bolsa, como um disco é uma bolsa de canções”, conceitua.

O álbum sai com 14 faixas (a edição em vinil, importada, traz dois bônus), todas compostas por ele. São canções que passeiam pelo universo folk-experimental (às vezes chamado de ‘freak-folk’, ou ‘folk psicodélico’), trabalhadas no violão, mas com texturas, efeitos, discretas batidas eletrônicas e letras que beiram a melancolia.

A imprensa estrangeira se apressou em dizer que Devendra Banhart havia voltado às origens neste novo trabalho. Segundo ele, não é bem assim. “Eu acho que é mais próximo aos meus três últimos álbuns, mas não é como o primeiro disco (Oh Me Oh My..., de 2002). Pode até ser parecido com o primeiro disco, mas não chega a ser uma volta ao começo não, pelo menos não de uma forma intencional”, garante.

Devendra Banhart ressurge de visual novo. De cabelos curtos, chegou a ter seu novo look comparado a João Gilberto quando jovem. “Eu costumava ser mais parecido com o Hermeto Paschoal”, dispara, referindo-se à volumosa cabeleira que ostentava.

“Mas eu preferia ser mais parecido com o (Tom) Jobim. Na verdade, não sei de onde tiraram isso. Pelo que eu sei, João Gilberto parecia mais com (o ator) Dustin Hoffman, mas eu vou aceitar isso como um elogio! Embora eu preferisse parecer mais com Elis Regina, Nara Leão, até Ney Matogrosso”, brinca.

TURNÊ 'HERMANA'
O disco traz, pelo menos, uma presença brasileira. O carioca Rodrigo Amarante (Los Hermanos, Little Joy) toca guitarra e percussão em 'Mi negrita', canção em espanhol repleta de tcha-tcha-tcha.

“Rodrigo é como um irmão e ele está sempre escrevendo música, fazendo música. Ficar perto dele é muito competitivo. Ele escreve uma canção e eu penso: droga, vou ter que fazer uma canção melhor!”.

Devendra conheceu Rodrigo nos bastidores do festival ‘Tropicália: A Revolution in Brazilian Culture’, realizando em 2006, em Londres. Foi o show que reativou os Mutantes, e Devendra estava lá, cantando ‘Batmacumba’ com Sérgio Dias e companhia. Amarante também estava, só que com o grupo Orquestra Imperial, outra das atrações do evento.

Devendra retribuiu a presença do Hermano Rodrigo tocando no disco solo que o brasileiro está finalizando por esta hora. Eles, inclusive, vão sair juntos em turnê já a partir de abril.

“No próximo mês, vamos percorrer todo o Estados Unidos, e ele vai tocar suas músicas novas. Ontem (domingo), eu ouvi o disco dele e eu achei incrível! Amei! Amei! Amei! Ele também vai tocar na minha banda e aí nós vamos para a América do Sul, vamos para o Brasil, onde nós vamos tocar as minhas músicas e também as deles”, avisa, reclamando que só fez shows em festivais por aqui e que desta vez gostaria de fazer shows para valer.

Antes de encerrar, a reportagem solta: você prefere Rodrigo Amarante solo ou Los Hermanos? "Eu diria que, certamente, amo os dois", responde depois de uma longa pausa.

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Jornal da Paraíba

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